O que rotula ao poeta dá-lhe estilo
Não é a poesia que forra como
Tapete as linhas do universo mas
Os títulos que consegue em academias
Liceus faculdades universidades
Se o dito poeta não pertencer à
Uma certa escola não apresentar
Um diploma duma instituição de
Confraria de renome nunca terá nome
Penso ao contrário o que me faz não
Sou o que sou nem as instituições nem
Os trajes que visto o que me faz são
As poesias nas quais existo os poemas
Que edito sem estas letras transviadas
Sem estas palavras profanas por mais que
Queiram consagrar-me não passarão
Das boas intenções são as obras que nos
Ditam o que devemos ser mas para quem
Quer ser milimétrico viver tecnicamente
O melhor caminho é mesmo a escola
Quem já pensa livremente qualquer
Caminho é caminho tortuoso ou largo
Sombrio ou iluminado quem pensa
Livremente não se enquadra facilmente
Não agrada tem escrita amaldiçoada
Não faz mal não escrevo para agradar
Sim para imortalizar o universo pego
Uma rua vazia vejo tanta poesia
Que com certeza não encontraria nas
Estantes abarrotadas das bibliotecas pego
Um nascer de sol lá si dó ré mi
Fá silencioso componho uma
Sinfonia sem nenhum movimento
Faço um concerto com um pé de vento
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