Ligeiramente perturbado pois sou o único que
Não posso gritar eureka nem sair nu pela rua a gritar
Que encontrou uma ideia luminosa dentro da cabeça
Meu cérebro está entreturbado está situado
Entre os tópicos é só a treva é só o vácuo
Que habitam no meu entretrópico cerebral minha
Mente não serve nem para entretom meia-tinta
Matiz não saem de dentro o pensamento
Que finjo ufanar-me nem é aproveitado
Nem para entretinho nem em comida de ave
Meu pensamento pode ser aproveitado não aprendi
A entretecedura da recordação esqueci o total
Entretecimento da lembrança o efeito entretecedor
Da memória ficou tanto sem teor perdeu o furor
Só restou ingenuidade sobra de entretalho
O lavor em pele restos de papel tiras de pano
Recortes de jornais arte de baixo-relevo aí olho
Para toda esta entalhadura todos estes lavores
Só reconheço debuxo recortado este é um débil
Entretalhar inconsciente é um abrir de entretalhos
Sem a estrutura do entressolho que perdeu a utilidade
Do vão entre o pavimento da copa o do primeiro
Andar para preencher o espaço entre o chão o
Solho tudo que tem em todos os entressolhos não
Serve para prover de cultura arte de entressolha a
Literatura ou de entressemear de ideia semelhante
Semear de permeio com esperança entremear de
Sementes que gerem raízes profundas salpicar de
Orvalho sarapintar de sereno o objetivo é não poder
Ser feito de depressão o caminho de intervalo o
Esforço ser vão a sinuosidade dum entresseio
Não poderá atrapalhar nem entressilhar o destino
Se tornar magro o resultado fraco o produto o efeito
Será esgrouviado o feto enfraquecido entresilhado
Jamais escolhais ao acaso as soluções nem pensar
Sem grande apuro as resoluções se entrescolher
O que fazer na vida usais a firmeza das entrepilastras
Não vos exponhais ao sol do entrepoente no espaço
Entre duas cobertas de navio senão o ser fica assim
Entravado um animal tolhido um primata
Paralítico a se intercalar a tornar-se entristecedor se
Misturar passa para amargurador se alternar será
Um desolador se entrevesar é o caos do entrevero geral
Mistura de elementos desordem com confusão
Entre pessoas animais objetos objetivos é o recontro
Em que as tropas beligerantes no ardor da peleja
Se misturam em desordem a lutar individualmente
Qual a ideia do entrincheirado? qual a entrevia?
O lado dum bonde oposto aquele pelo qual se sobe
Defendido com trincheiras fortificado zangar-se não
Traz nenhuma ideia se algum dia tiver
De ser lembrado pelo que escrevia ou pelo que
Escrevo ou escreverei pediria que fosse considerado
O surrealismo da obra o fantástico que
Aborda caso venha abordar em si no seu corpo
Um calor triunfal de trombetas de anjos
Tocadas nos firmamentos de coro de santos
A cantar nas abóbadas celestiais de vozes de
Espíritos entes entidades que por acaso
Vaguem no calor do entrudar no torcer ao
Jogar o entrudo no divertir-se no dirigir-se
Graças carnavalescas ao caçoar com desprezo da
Burguesia da elite a vida do nababo
Não passa duma entruda a vida do rico
Não tem sentido é só brincadeira de carnaval
Gosto de olhar o nublar do céu ao ameaçar chuva
A nuvem não veio para perturbar nublar o azul
É sinal de que amanhã ressurgirá mais
Azul ainda poesia não é espalhar trovisco em
Água para matar peixe filosofia não é entroviscar
O meio ambiente com ideias nefastas obscuras
Como uma entroviscada tal quando envenenam a
Pesca aceleram no enchimento mental com
Carvão vegetal chumaço de cinzas entrouxo de
Sombras sem entrosamento ou entroagem
Cuja entrosa roda dentada que engrena
Noutra é banguela a endentação é falha
Cada um dos espaços entre os dentes da roda
É maior do que o outro aí danifica a
Engrenagem causa um entrópio reviramento
Da borda livre das pálpebras para o globo ocular no
Lugar de entropilhar os pensamentos reunir formar tropa
Acontece o entropicar o pé vai tropicar o corpo tropeçar
Toda estrutura cai por entrombar-se ao amuar zangar
Longe de entronizar a sabedoria na eternidade ao
Deixar entronar a ignorância
Nenhum comentário:
Postar um comentário