Mais frágil que a escarola também
Conhecida por chicória-doce no entanto tenho
O espírito escarolado tal o milho tirado do
Carolo esbagoado limpo bem lavado sou
Ser de ente desavergonhado chego até às vezes
Ser descarado num mistério sou um escarolador
Um aparelho agrícola para a debulha do milho
Ao escarolar um enigma desvendo qualquer
Equação apresento resultado solução
Se não souber crio resolução no final
É tudo uma escocesa só tudo espécie de
Dança muito em voga no século XIX de compasso
Binário parecida com a polca a mazurca é
Mais conhecida com o nome de chótis passo
Por escoadura saio filtrado passo por escoamento
Esqueço o passado todas as escorralhas levam à
Escoação na derivação d'águas líquidos
Evaporo já não sobra nada de mim perco
O designativo de qualidade o sonho principesco
Acordo na depreciação dum fradesco do
Mais vil beberrão de vinho de péssima procedência
Que acirra o efeito escarótico que nem o
Medicamento que produz escaros aumenta o
Sofrimento como se estivesse a subir uma
Escarpadura ou a correr num escarpamento
Acima dum talude ou num corte inclinado
Dum terreiro vim para arrepelar as escarpas
Donde se escondeu a verdade para fugir
Da mentira estou disposto a raspar com as
Unhas a rocha viva maciça descamisar não
Só o milho mas a mim também então
Desfolhar toda a vergonha do meu coração
Escarpelar meus olhos diante do meu olhar
A saber que nada virá ao meu socorro
Sou um aquiles de escarpim de uso rapado
Que deixa o calcanhar descoberto foi por
Esse italiano sdarpino por esse sapatinho que
Recebi a escarpina fatal recebi o ferimento da
Antiga peça de artilharia semelhante o
Arcabuz que me deitou por terra como
Um escarrador deita o catarro caí justamente
Numa escarradeira cheia de escarradura e vi
Que era um escarro escarranchado uma expectoração
De homem montado com as pernas muito abertas
Num cavalo morto sentado num escarvador o
Instrumento para escarvar meu fantasma das
Masmorras o carvão para escarvoar no mármore
Minha silhueta esboçar minha sombra na
Treva desenhar minha obra-prima de
Escatófilo na penumbra pois sou o que cresce o
Que vive no meio dos excrementos da sociedade
Sou o que observa o burguês escatófago a elite
Que come excremento escavocado fujo pelo
Escartel pela abertura no extremo duma cavilha
De navio para meter a chaveta partido em
Miúdo me vejo no escatal no composto
Químico originado de decomposição de proteínas
No intestino particularmente do triptofano do
Fragmentado do vidro estilhaçado do
Sepulcro escavado no cemitério de indigentes
Sou uma guerra que é para fragmentar estilhaçar o
Inimigo destruir os obstáculos alquebrar o forte
Despedaçar o gigante arruinar o rico quebrar o
Milionário fazer em cavacos as riquezas escavar
Os tesouros para distribui-los aos pobres miseráveis
Do mundo se sou um escavador um investigador
Um que escava é para usar o sufixo verbal
Que exprime ideia incoativa com o chá da esclaréia a
Planta medicinal da família das Labiádas a
Esclavina a murça sagrada a peregrineta a capa
De peregrino tento curar o meu mal de esclevônio da
Esclevônia nome antigo da região formada por três
Condados que hoje fazem parte da Hungria Checolosváquia
Iuguslávia esclavão natural habitante que agora
Já é outro povo que a guerra deixou escleral endurecido
Fibroso como se estivesse a falar dos tecidos orgânicos
É este escleroma é este tumor duro por abundância de
Tecido conjuntivo que quero transformar em
Poema que um dia seja reconhecido como obra
De antologia da literatura universal
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