Antes mesmo da idade chegar já estou a descadeirar-me
A desancar-me com o arquear o entortar o contínuo
Derrengar das minhas costas ainda não sinto
Em derredor de mim a ação dos anos já
Estou a cansar à minha volta inda consigo mover-me
Em roda porém a coluna começa a
Inclinar-se para a frente já sinto dores
No vergar do peito parece que algo quer
Alquebrar-me a fazer meu corpo dobrar-se
Com pancadas sob um grande peso não
Gostaria de prostrar-me agora gostaria de derrear-me
Com idade bem mais avançada não
Fugir nem dar o fora nem deixar escorregar
O automóvel de lado a perder a direção
Não gostaria de derrapar-me no meio da estrada
Começou o desarraigar da pele a ruga
A arrancar a rigidez é que o tempo quer
Perverter-me a pele depravar-me o organismo
Alterar-me todo o composto estragar mesmo
O meu exterior derrancar-me o interior o
Íntimo com derrama de sangue como o
Derrame dum lugar cujo prodigalizar
Já deixa-me deprimido o liberalizar é então
Contestado o velho não quer dar mais
Nada com largueza reclama do alijar
Do conteúdo só consegue verter o líquido
Para fora do vaso entorna o choro no
Correr das lágrimas dói o cortar os ramos
O aparar de qualquer coisa tudo dói
Até o desramar sem dor quanto mais
O derramar de imposto repartido pelos
Habitantes duma terra o derramamento
Que vem atrás ou depois no final
Extremo do último suspiro no leito
Derradeiro quando a hora vem cortar
A cauda do vestuário desrabar cortar
O rabo derrabar o macaco fica o ser
Derrabado cortado de monstro com duas
Colunas vertebrais desodídimo no poro
Sudoríparo nos receptores capsulados nas
Glândulas sebáceas nas terminações nervosas
Livres pelo da derme das fibras nervosas
Das glândulas sudoríparas dos vasos sanguíneos
Dos músculos do órgão que é o certo do pelo
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