E o mundo está de joelhos ao inimigo invisível
E desconhecido que nem sabe como combatê-lo
E o exterminador é silencioso como um anjo mórbido
E rápido como um ladrão larápio descuidista que
Age diante dos nossos olhos a levar-nos alma e
Espírito e o ser e não há o que nos faça prevenir
E mais cedo ou mais tarde tombaremos sem combate
E o mundo está à deriva tal uma nau mau sem rumo
E sem bonança de calmaria como uma caravela
A ir a pique ou um navio num naufrágio bravio
E não há boias ou botes salva vidas ou outros
Acessórios de salvação e quais serão os remanescentes
Que continuarão com a saga triste da humanidade?
E deve sobreviver algum resistente e que virará lenda
Para narrar numa sagarana o desespero pelo qual
Passa a raça humana submissa neste exato momento
E só resta aos que ainda sobrevivem guardar
Um instante de amor para o final e hibernar na espera
Tal um urso pardo ou uma mulher no resguardo
E purificar no que puder e levitar na insustentável
Leveza do ser e abrir o que puderem para as impurezas saírem
E quem sabe se essas imundícies não conseguem
Dar cabo do nosso exterminador? e quem sabe
Que essas sujidades não se transformarão em anticorpos?
E que darão cabo a esse vírus e a esse verme
Pior do que o vírus e que vieram para cometer
Uma vingança contra a raça humana.
BH, 0110402020; Publicado: BH, 0310502022.
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