Meu caro amigo
Não tenho mais tempo
De ter medo de nada
Na condição em que
Estou hoje o que
Acontecer comigo
Para mim é pouco
Não preciso mais de
Medo o que vier com
O medo a razão do
Medo não me interessa
Mais não meterei as
Mãos pelos pés não
Colocarei o carro à
Frente dos bois porém
Morro mas morro sem
Medo por que se tivesse
Medo não teria nascido
Teria ficado na barriga
Da minha mãe ou melhor
Teria nascido morto não
Serei herói e nem
Valentão não serei machão
Nem fanfarrão serei um
Homem comum que
Encontrou a coragem
Perdeu o medo a covardia
Sem nem saber onde
Encontrou a si mesmo se
Reconheceu perante o mundo
Se identificou com o universo
Abriu o peito à imensidão à
Linha do horizonte o infinito
Meu caro amigo estas são
As minhas palavras
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