quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Não há nada não; RJ, 1981; Publicado: BH, 0270702012.

Não há nada não
Podes contar lorotas
Podes contar vantagens
Podes inventar verdades
Vou ficar na minha
Não vou me desesperar
Hoje ris de mim
Amanhã pode ser 
Que rirei de ti
Rirei mais alto
Porque rirei por último
Quem rir por último
Rir melhor
Não há nada não
Deixas o barco correr
Deixas o tempo passar
O mundo dá muitas voltas
Hoje quem ganha és tu
Amanhã posso ganhar
Sou calado sou quieto
Sou devagar
Conheço o meu terreno
Conheço o meu lugar
Fico na minha
Não me impressiono
Nem me deixo intimidar
Um dia vais ver
Sou eu que vou lucrar
Hoje cantas de galo
Pisas no meu calo
Nada posso falar
Mas sei que amanhã
Tudo pode mudar
O sol pode raiar para mim
O céu pode se abrir
Eu que vou sorrir
Não vou mais chorar

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