Pousas teus lábios nos meus
Como uma ave pousa no ninho
Pois sou um alônimo um autor que
Não assume a própria obra
Que usa nome diverso do seu
Faz todas as publicações em nome alheio
Até os beijos que peço uso de
Artifício inconveniente com receio
De não ser convincente de tão alopático
Que já não escondo mais
Meu crânio alopécio triste
Que não me deixa passar
Despercebido incólume e incógnito
Como a alopecura da planta
Da família das Gramíneas
Pousas tua vulva em meus lábios
Esta alópia concha fina
Mais ou menos rugosa e fibrosa
Barbatana sem posição fixa
Dos peixes alópteros esguios
Abres-me o teu cadeado
Usas o meu ferrolho
Soltas o aloquete do teu coração
Adoças a alosna da minha vida
Tiras de mim o amargor da losna
Que trago na minh'alma
Faças-me a acostumar
A ser um ser da tua manada
Ponhas-me em lotes iguais
Nos anseios da tua necessidade
Fazes juntar a mim o teu amor
Alotar em meu espírito
Toda a tua paz
Alar o meu ser no teu ser
Preso no pequeno cabo náutico
Alote dum grande amor
Nenhum comentário:
Postar um comentário