Literatura e política. COLABORE, PIX: (31)988624141
quinta-feira, 11 de setembro de 2025
preciso andar exercitar meu exército com exércicios
quarta-feira, 10 de setembro de 2025
não há mais como se viver inteligentemente
terça-feira, 9 de setembro de 2025
se tivesse uma tarefa não morreria ssim
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
não lembro mais de nada quero recordar
sexta-feira, 5 de setembro de 2025
hoje ninguém quer escrever pois se alguém
quarta-feira, 3 de setembro de 2025
vou procurar meu canto nos cantos dos pássaros
agora chegou a hora de pôr em prática
terça-feira, 2 de setembro de 2025
ninguém tem a solução para nada hoje pois
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
pensas que é fácil não te ver mais nas coisas onde estavas impregnado?
aqui do barranco da boca da entrada da favela
quinta-feira, 28 de agosto de 2025
cícero manda para mim aí da imortalidade
quarta-feira, 27 de agosto de 2025
fugirei covarde injusto correrei do mundo
terça-feira, 26 de agosto de 2025
qual foi o último pensamento à tua cabeça
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
quem és que foges assim nas sombras?
sexta-feira, 22 de agosto de 2025
de mim não me farão uma laranja mecânica
quarta-feira, 20 de agosto de 2025
terça-feira, 19 de agosto de 2025
CHICO BUARQUE, PEDAÇO DE MIM:
Pedaço de mim
Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus