O dom que adorna a vida é o que
Todo vivente deveria almejar o dom
Saliente que ressalta as excrescências
Das reentrâncias põe à luz nossas
Cadências na marcha pelo fim da
Obtusidade se não acabarmos com
A obscuridade nos afogaremos na
Mediocridade temos que querer nadar
Mesmo em águas profundas das quais
Lutamos para chegar ao fundo é no
Fundo depois da lama depois do lodo
Que encontraremos os tesouros que tais
Adornarão as nossas vidas se ficarmos só
No conhecimento superficial onde dá pé
No raso na beira não abarrotaremos
Nossos alforjes nem sei por que digo isto
Talvez seja pela necessidade primordial
De alcançar o topo os holofotes cegam-me
Turvam-me as luzes dos faróis com visão
Infravermelha prefiro andar melhor nas
Trevas enxergar com os mapeamentos
Das retinas aí nesses recônditos
Posso pensar com a própria cabeça comandar
Meus rebanhos liderar as manadas nos
Estouros das boiadas quanto mais
Deus encontrar-me mais solitário distante
Quanto mais indiferente for à luz falsa mais
Tato terá a percepção perfeita a intuição
O dom é perseverar no discernimento
Inda que nos cause estranheza às
Nossas entranhas disfunção nos nossos organismos
Com o fim das nossas inconveniências
Intolerâncias impaciências não seremos
Mais domados sim seres cheios de dons
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