A mão direita pega a caneta entre os
Dedos polegar indicador maior de
Todos a desliza pelo papel a mão é
Minha os dedos são meus o papel é
Meu a caneta é minha mas não
Tenho conhecimento da trama que
Estes cinco aprontam não sei o que
É deixado nas linhas desta página
Ao deslizar da mão dormente a mão
É movida mas não é por mim sou o
Que não sou meu o que fazem
Independe da minha vontade é no
Além que um dia releio o que
Estará escrito aqui é na vida após a
Morte na reencarnação que tomarei
Conhecimento do que faz esta mão
É uma mão autônoma guiada pelos
Sopros dos ventos pelos balanços
Das ondas do mar pelos encantos
Das noites das madrugadas dos
Silêncios um dia alguém me
Perguntará escreveste isto? terei
Que responder não quem escreveu
Foi está mão que tem vida própria
Mão de fantasma mão de espírito
Mão de ente mão de entidade
Menos mão de gente é uma mão
Cheia de vícios mão de Onã
Viciada transviada corrompida
Corrupta corruptora escreve
Como se fizesse alguém vomitar
Como se estivesse a estrangular
A caneta a apertar o pescoço de
Algum peru para a ceia do dia de
Ação de graça incontinente se
Sacia com estes arroubos dementes
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