Meu campo de visão é muito limitado
Vivo enclausurado não saio à rua
Não encontro a luz do sol meu
Campo de ação é restrito relaciono-me
Com poucas raras pessoas tenho poucos
Escassos amigos não são muitos
Nada em mim é muito tudo
Em mim é pouco para que ter
Alguma coisa quem não é nada? não
Quero ter nada o que tenho
É fácil de carregar minha avó
Tinha muitas quinquilharias talhas
Cheias de trastes velhos jarras cheias
De restos o que foi tudo jogado ao
Alto que a fez chorar muito as tralhas
Lembro-me como se fosse hoje
Era apenas um menino amedrontado
Minha avó chorava um choro
De boca aberta sem nenhum dente
Meu filho quebraram tudo que
Tinha jogaram tudo para o alto
Fizeram uma fogueira no terreiro
Mas não vou chorar pelas coisas
Assim não tenho uma moringa
Não tenho um pote uma gamela uma
Panela de barro bacia uma mala
Alforge nada tenho que impeça-me de
Voar alço voos transuniversais
Vou ao além num pé volto noutro
Converso em telepatia com as
Minhas tias converso em rococó
Com as minhas avós
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