terça-feira, 19 de novembro de 2024

Luiz Gonzaga - 30 Grandes Sucessos - Melhores Músicas Baião de Luiz Gonzaga:

andrômeda me dá medo é do homem

andrômeda me dá medo é do homem
pois andrômeda lá na absurdidade
não me causa o que o homem me
causa aqui na barbaridade do
barbarismo fomes ódios preconceitos
guerras sedes andrômeda me tem no
pote na jarra na moringa na talha no
bojo no útero onde está andrômeda
estou inserido quase pendido mas não
tenho medo o medo chegou com o
homem seu maldito capitalismo seu
neoliberalismo selvagem fora disso
amo andrômeda incorrespondido pois
lá encontrarei o amei o que amo o que
amarei minhas cobaias antepassadas
antecedentes ancestrais meu passado
meu presente meu futuro lá viajarei
pelos túneis tubulares dos tempos até
meus descendentes que agora sou
cobaia um dia contrastes miragens
oásis em andrômeda nossa placenta
nosso útero nossa bolsa amniótica
nossas membranas córions âmnions
nossos úberes nossas gestações
gamelares nossas tetas entumecidas
então seremos eternos infinitamente
eternos demasiadamente sobreviventes
das fenomenologias dos espíritos das
plenitudes brincaremos barquinhos nas
enxurradas cósmicas nas tempestades
de vendavais que duram uma eternidade
beijarei gota por gota o orvalho o sereno
de andrômeda a garoa a névoa a brisa a 
nos embalarmos nos soluços nos suspiros
nos miados dos regatos de andrômeda

BH, 0230802024; Publicado: BH, 01901101024.

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

legal isso é a verdade

legal isso é a verdade
ilegal é o que faz a burguesia
ilegalmente é o que destila a elite
ao explorar a classe trabalhadora
brasileira ao exterminar a nação
trabalhadora brasileira ao oprimir
o povo trabalhador brasileiro ou
ao inibir através de forças da 
federação do estado do município
à emancipação do proletariado
brasileiro então o povo segue sem
poder então o pobre continua a ser
assassinado pelas forças militares
civis paramilitares mantidas pelos
próprios impostos do povo que
não pode amar nem ao seu povo
semelhante como a si mesmo aí
o povo odeia o povo faz justiça
com as próprias mãos o povo não
se une em torno dum só ideal o 
povo se perde na religião
manipulado por pastores
espertalhões a serviço do capital
financeiro a serviço do
imperialismo ianque covarde
assassino de mídia que
desinforma do pig partido da 
imprensa golpista aliada da
plutocracia comparsa da
cleptocracia que inebriam ao 
povo com demagogias novelas
sertanejos futebol pagodeiros aí
acabou-se a ideologia acabou-se
a luta de classes o sonho do
comunismo pregado por jesus o
sonho do socialismo idealizado 
por cristo impera só o capitalismo
selvagem predador gerido pelo
capeta administrado pelo demônio
a propaganda do satanás que satisfaz
o povo pacato com o consumismo
o cidadão levado ao abatedouro
para morrer sem razão

BH, 0100902024; Publicado: BH, 01301102024.

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

tudo é igual quando é diferente

tudo é igual quando é diferente
tudo é diferente quando é igual
fulano faz revolução beltrano
faz coisa nova sicrano é uma
novidade a geração em evidência
em tecnologia que comandada
pela inteligência artificial guiará
os passos da humanidade adeus
tédio adeus depressão adeus 
solidão adeus infelicidade de
imperfeição que nunca deixou o
homem alcançar a perfeição
adeus oh adeus agora sou outro
o mesmo agora sou o mesmo
outro o centro do universo nada
mais é preciso nem navegar
viver já não é para nada mais
sim necessariamente ou não
necessariamente pois com isso
sem percebermos aconteceu-se
a água a natureza a fauna a flora
o planeta vai embora apagado
tição fumegante torrão de carvão
carvão de torrão planeta natureza
morta obra-prima que não é de 
picasso nem de dali nem de miró
nem de michelangelo nem de da
vince nem de van gohg nem de
ninguém os bilionários estão
felizes em suas cápsulas
protetoras protegidos livres do
céu livres do inferno não fizeram
o bem não fizeram o mal
personificaram nos seres maus
que em outro planeta novo
conservarão as maldades que lhes
garantirão a razão do existir só o 
compensado no dinheiro do mau

BH, 0100902024; Publicado: BH, 01101102024.

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

o sal grosso do suor do meu corpo de ogro

o sal grosso do suor do meu corpo de ogro
abasteceu o mar morto que fico mais
morto ainda igual ao lago morto que se
transformou o meu coração couraçado
encouraçado que torpedo nenhum levou a 
pique o que já estava destroçado o sangue
salgado a carne seca charque carne de sol
defumada maturada tudo carne morta já de
muitos anos de pântano de brejo de lodo de
lama de areia movediça piche donde ao me
ver morto por cima d'água do mar morto
gritaram está a andar sobre as água meu
fantasma sorriu meu leviatã levitou
gargalhou o fauno a névoa enganou o olhar
traidor não era orvalho não era neblina não
era garoa brisa maresia era fuligem de
queimadas treblinka eram bolas de mofo era
fogo-fatúo era gás de cadáveres era luz de 
estrela que morreu de lúcifer antes de ser 
expulso do céu agora o mundo acabou todos
os oceanos estão mortos todos os corações
salgados entupidos com sangues engordurados
sangue de sebos de bois de carneiros de bodes
agora acabou a aurora não se conta mais a hora
o tempo a demora frustradamente
demasiadamente densamente percebeu-se que
tudo era nada que nada era tudo quem ficou
satisfeito ficou quem não ficou satisfeito não ficou

BH, 0100902024; Publicado: BH, 9701102024.

em crise de existência de depressão o que fazer para existir?

em crise de existência de depressão o que fazer para existir?
o que fazer para ser humano? como se sentir da raça
humana? como se entregar se integrar ao humanismo da
humanidade? sem causar surpresa sem deixar outros
atônitos inusitados? ninguém mais se choca com a volta do
nazismo a extrema-direita assume o pior papel na história
moderna o genocídio o flagelo o refugiado são transmitidos
ao vivo nas mídias entre sorrisos queimadas devastam fauna
flora manancial bacia hidrográfica reservatórios pluvial
fluvial tudo justamente relativizado sustentado alimentado
pelos carniceiros sucateiros carcaçeiros do capitalismo
imperialista as hienas financistas do neoliberalismo pode-se
matar em nome da teocracia da plutocracia da cleptocracia
da imposição religiosa da falácia de combate ao comunismo
ou ao socialismo só não pode-se exercer a democracia pois
pastores padres se aliam a golpistas a terroristas fascistas
nefastos nazistas racistas nada mais incomoda às elites nada
mais ruboriza à burguesia só não se pode falar em reforma
agrária em moradias para sem tetos só não se pode falar em
direitos humanos sociais trabalhistas pagamentos de impostos
especiais pelos milionários ou bilionários nem no combate aos
sonegadores só não se pode pedir informação de verdade o 
povo trabalhador brasileiro vai atrás sem poder sem pudor o
povo da nação trabalhadora brasileira continua sem ser povo
sem ser referência continua a seguir generais ao cadafalso à
tortura à justiça pelas próprias mãos às guerras cegas à fome tudo
de mal que se pode observar gerado pelos donos dos poderes

BH, 090902024; Publicado: BH, 0701102024.