o deixa invisível ou anônimo incógnito
o veneno letal fatal terminal a um ser
humano é a indiferença do indiferente
incólume que torna o que ignora ignorante
severo já ao pobre ignorado está ali na
esquina suas poesiazinhas nas mãos ou
seus
poeminhas nos bolsos suas esperançazinhas
nos olhares aí fita o indiferente ou mira
o ignorante ou crava o olho magro de
ignorado no abastado bastardo ou prega
o olho seco no olho molhado do apaniguado
ai estende o rabo de olho grande de miséria
ou de pobreza ou de desgraça ou de desilusão
ao cristão do bem de família da pátria de
salário ou puxa o olho cego aos visionários
da burguesia aos de visão da elite que
vivem de visagens ou de aparições que
têm no ignorado uma assombração ou
um fantasma fantasiado a incomodar o
bem estar social da ordem do progresso
aí o ignorado gela não é um urso polar
não se camufla no cinzento do gelo não
se esconde nas reentrâncias das fímbrias
porém miserável miseravelmente quer
se mostrar sol poente na ocasião do
ocaso no por acaso do dia a dia o pão
nosso do soneto poemeto o suor da
poesia mas o indiferente siri se rir grita
cheio de si vai arrumar alguma coisa
para fazer só ficas aí parado vai ser útil
seu inútil o ignorado ria por dentro para ninguém ver
BH, 0230702023; Publicado: BH, 01601001023.
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