Juro na maioria das vezes escrevo
Não leio depois nem gosto se existiu
Alguém que leu ou que ler o que
Escrevo com certeza não gostou e
Como sou também não gosta é
Por isso que apresento-me para uma
Degola ponho a cabeça ao cepo a quem
Quiser degolar-me exponho-me ao
Corte da cabeça quero reprovação
Dispensa em massa a mesma reentrância
Do eixo dos carros de bois apresento-me
A quem quiser decapitar-me cortar-me
O pescoço a separar-me a cabeça do corpo
Ao cortar-me a garganta à degradação à
Destituição infamante do meu grau
De dignidade de cargo não vejo como
Emergir do aviltamento em que submergi
Sobressair da baixeza em que encontro-me
A minha depravação nem se
Compara com o desgaste das rochas
Que é natural causado pelas chuvas
Ventos com diminuição de tons de
Pinturas da natureza juro na maioria
Das vezes quando escrevo é igual a
Quem quer privar de graus de dignidades
Empregos os seres humanos quer aviltar
A raça humana tornar desprezível o
Homem desterrar os cérebros degredar
Os valores da inteligência se alguém
Degranar-me tirar de mim grãos úteis
Com certeza conhece-me mais do
Que sou degrau por degrau como cada uma
Das partes de minha escada em que se põe
O pé para descer subir na situação
Duma coisa em relação à outra da mesma
Ordem ou série não estou entre os que se
Elevam progressivamente ao grau ao meio de
Elevar-se conseguir determinado fim só
Escrevo para exilar-me de mim impor-me a
Uma pena de degredo de desterro sem ser imposto
Por autoridade como castigo a terra onde
Cumprida uma sentença de desterro é o cemitério
Nenhum comentário:
Postar um comentário