Nunca serei um poeta
Quero deixar bem claro
Nunca serei um poeta
Pois as coisas mais simples da vida
Não consigo entender
Não sei andar na parede
Como anda a formiguinha
A aranha no seu fio
Na sua teia
A borboleta no seu voo
A mariposa em busca da luz
Nunca serei um poeta
Não sei nem latir
Igual a um cachorro
Nem a zurrar igual a um burro ou
Subir em árvores igual macaco
Nadar igual a um peixe
Não sei nem amar
Não posso querer ser poeta
Entender a vida o temp
Sentir a chuva o vento
Olhar os pássaros no céu
O sol a lua
As estrelas a brilhar
Na viagem cósmica estelar
Vivo a teimar
Na minha ignorância
Na minha mediocridade
Na minha ilusão
Que quero tirar poesias
Da palma da minha mão
Todos que passam por mim
Chamam-me de idiota
De imbecil de otário
Quem vai querer a essa hora
Uma poesia aqui agora
Nenhum comentário:
Postar um comentário