Se por ventura não encontrar
O que me alanha por dentro
Vou pedir um rachador
Um alanhador para me abrir
Para ver o que me faz
Ficar assim cheio de lanho
Esfaqueado alanhado
Sem poder alanguidar-me
Não posso tornar lânguido o meu ser
Não posso enlanguescer minh'alma
Algo de errado acontece comigo
Desde que nasci vou morrer não
Vou descobrir o que é que
Preciso tanto ser alandeado ter
Nome ser vasto igual as vastas
Charnecas de França o que
Preciso tanto ser esbelto como a
Minha própria glande ter a leveza
Duma bolota de sabão sair a
Levitar pelo ar em forma
Semelhante à lande que impeça
O meu total alanceamento o
Alancear do meu peito frágil com
A lança se inda fosse o ferir de
Morte a infelicidade o alanceador
Que me fazem sofrer que me fazem ser
O que sofre física moralmente
Aflito alanceado de desespero
Pois a lâmpada que trago nas
Mãos não reflete a luz natural
Nem a luminosidade da lâmpada
Que brilhará nas trevas interiores
O som que embala os ouvidos
Corrigido por diapasão afinado
Pelo alamiré não sofreu repreensão
Ao liberar pureza do lamiré
Deixar a cabeça cheia de beleza
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