Quero alapar-me da realidade
Esconder-me numa lapa de verdade
Com uma grande pedra sepulcral a fechá-la
Ou uma laje que ao ressair dum rochedo
De rocha viva forme o abrigo que preciso
A gruta maciça que vai proteger-me gênero
De molusco gastrópode que habito a parte
Do colchão duma mina a chamar-me capa
Ao teto pés direitos às partes laterais de
Pedras soltas calhaus bofetadas que a vida
Lançou-me por dentro da cara é por isto que
Vou-me ocultar debaixo ou por detrás dalguma
Cousa agachar-me como se fosse cagar de medo
Esconder-me mais cosido ao chão meu alapado
Encolhido coração minha barriga cheia de
Alantotóxico que mata-me aos poucos com o
Veneno que se desenvolve nas salsichas
Demais carnes enlatadas tenho que ter
Coragem de mudar mudar de hábito para
Não morrer não secar no alantoidiano da
Espécime dos Alantoidianos vertebrados
Em cujo embrião se forma o alantoide
No esconderijo preservar as minhas espécies
Também os répteis não só as aves os
Mamíferos os vertebrados superiores
Cuja membrana funciona como órgão
Respiratório vou fugir da luz da alanterna
Vou-me pôr longe da luz de qualquer lanterna
Quero a luz natural para evoluir não ser um
Indivíduo do povo dos alanos bárbaros da
Sarmácia nem um alano um relativo a esse
Povo se puder ser ser só o mesmo que alão
Nenhum comentário:
Postar um comentário