Estou a esperar parir aqui agora um poema facetado
Gerado lapidado feito diamante grande taro eterno
Mesmo que me dilacere todas as estruturas das
Entranhas não posso deixar de parir esta poesia
Bruta feito uma mulher grávida não sei se criarei
Uma obra de arte não sei se serei pai duma
Obra-prima não sei se serei mãe duma bela arte não
Sei se gerarei um clássico espero ter a eloquência
Da mãe na hora do parto na hora da dor que toda
Desestruturada sorri aliviada de felicidade ao sentir
Nos braços o filho ainda envolto no amniótico
Líquido da placenta estou a esperar parir também
Vou ser pai mãe poemas poesias odes elegias
São meus filhos diletos amo-os desde d'alma
Ainda que um dia não seja reconhecido nem
Com teste de dna pai ou a mãe não deixarei de
Lado o prazer da criação que seque o sangue
Até secar nas minhas azuladas veias de vida
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