Preciso de alguém para me alfinetar
Picar meus olhos com alfinete igual
Fazia Santa Luzia nos nossos tempos
De criança quando espiávamos as
Mulheres nuas alguém precisa me
Ferir com as palavras que quero
Ouvir com as palavras que preciso
Ouvir tu precisas me criticar me
Agredir com socos murros me
Mutilar me deformar-me igual aos
Filhos dos vietnamitas que sofreram
Os efeitos do agente laranja jogado
Sobre eles pelos ianques americanos
Na guerra do Vietnam nasceram
Cresceram todos deformados a
Faltar partes pedaços pelos corpos
Franzinos odos mil vezes mutilados
Pegues uma pequena haste delgada
Aguçada numa das extremidades
Terminada por uma cabeça noutra
Para prender tecidos peças de
Vestuário enfies esta haste na minha
Garganta tenho que gritar de dor
Tenho que uivar de dor preciso
Sentir dor ficar indignado com tanta
Injustiça tanta falta de Deus tanta falta
De amor tanta falta de paz preciso me
Sentir envergonhado pagar pelos crimes
Hediondos cometidos pela humanidade
Em nome da humanidade preciso sentir
Vergonha em me olhar no espelho ver que
Sou um representante desta raça humana
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