Não tenho a capacidade de pensar
É muita sabedoria para mim um
Simples almocreve que não sirvo
Nem para conduzir as bestas de
Carga da minha seara recoveiro
Incompetente que nem o esterco
Das mulas sou digno de pisar
Mulas ainda puxam alguma
Coisa não tenho nada para
Puxar só me resta levar a
Leilão meus ossos almoedar
Meu esqueleto limpar a minha
Alma com a almofaça a escova
De ferro para limpar cavalgaduras
Não possuo a tranquilidade
De repousar a cabeça numa
Almofada a não ser quando
Morrer vão colocar um saco
Alcochoado debaixo de minha
Cabeça de forma variada dentro
Do meu caixão modo usado para
Tornar mais cômodo o repouso do
Dadáver a posição do corpo o
Assento em sofás cadeiras daqueles
Que vão acompanhar o velório é
Almofadar para ninguém reclamar
As partes salientes de madeira de
Pedra para não machucar a saliência
No fim deste almofadinha homem de
Modo efeminado elegante só no trajar
Ser jogado num almofariz para ser
Triturado no recipiente igual se tritura
Grãos ser socado num pilão até virar
Pó não sobrar nada com relação a este
Almôndega este bolo de carne moída
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