Nós, os pesquisadores da área do conhecimento,
Nos desconhecemos mutuamente,
Isso tem seu motivo específico.
Nunca nos procuramos , como haveríamos de nos encontrar algum dia?
Com razão foi dito:
"Onde estiver o seu tesouro, aí está vosso coração."
Nosso tesouro está hoje como que nas colmeias do conhecimento.
Para essas colméias nos dirigimos, como laboriosas abelhas
Que levam o mel do espírito, e de coração só nos
Propomos "levar" alguma coisa.
No que diz respeito à vida e às assim chamadas
"Experiências de vida", quem dentre de nós se preocupa a sério?
Ou quem tem tempo para isso?
Semelhantes assuntos jamais cativaram,
Desconfio, nem nosso interesse, nem nosso coração,
Nem sequer nossos ouvidos.
Mas assim como um homem distraido e
Absorto acorda sobressaltado, quando o
Bate com força as doze horas do meio-dia
A seus ouvidos, se pergunta:
"O que aconteceu?",
Assim também nós, depois dos acontecimentos,
Perguntamos, totalmente estupefatos e desconcertados:
"O que está acontecendo conosco? quem somos realmente".
E depois contamos, como foi dito, as tremulas horas
De nossa experiência vivida, de nossa vida, de nosso ser,
Ai de nós!, nos enganamos na conta...
É que somos precisamente estranhos a nós mesmos,
Temos que nos confundir com os outros,
Estamos eternamente condenados a esta lei:
"Não há ninguém que não seja estranho a si mesmo";
Nem a respeito de nós mesmo somos "homens de conhecimento".
Nenhum comentário:
Postar um comentário