Não consigo esconder
Este ódio estranho
A força desta raiva
Desta ira maldita
Que existem dentro de mim
Não consigo escapar
Não consigo me livrar
Deste excesso de nervosismo
Desta minha loucura
Sou um esquizofrênico descontrolado
Nem Deus
Nem o diabo
Sabem o que posso fazer
Num dos meus ataques
Não consigo me conter
Conter esta fúria selvagem
Avassaladora
Que me consome as entranhas
Que me destrói
A alma o ser
Não consigo me livrar
Não consigo fingir
Tudo que sinto
Vem nas minhas feições
Transformo-me num monstro
Num bicho doido
Uma coisa maluca
Um louco colérico
O efeito demora a passar
Não passa rápido
Viro o diabo de cabeça pars baixo
Viro o capeta ao avesso
Em forma de gente
Espanto o demônio a pontapés
Quebro-me todo
Arrebento-me todo
A minha neurose não passa
Minha paranoia não passa
Minha esquizofrenia não passa
Continuo o mesmo doente mental
Débil debilóide sado-masoquista
O mesmo maníaco
Não tenho cura
Não tenho controle
Só me resta o paredão de fuzilamento
A forca ou a cadeira elétrica
Só me resta a morte
A minha cura é a morte
O meu extermínio total
A minha pulverização
Só me resta parar meu coração
Nenhum comentário:
Postar um comentário