Quando olho para o tempo
Não sei o que fazer vem o
Desespero caio por terra
Desesperado sinto as
Pessoas a fazer as coisas
Sem fazer nada não apronto
Não traço adoeço sem
Motivo inativo a tarde
Ainda vem prostrar-me
Na alameda trazer-me
De volta à lembrança
Daquele gameleira mal
Assombrada que tinha
Na beira da estrada
Menino morria de medo
Duma simples árvore que
Não fazia mal a ninguém
Quando amanhece não
Dormi não peguei no sono
Nem sonhei o pesadelo
Contínuo não me abandona
Sigo no dia como se não
Estivesse em dia com o
Dia sigo o dia como se
Fosse ontem como se o
Hoje não existisse o amanhã
Não viesse nunca por mais
Que fale tome fôlego sussurre
Aos ouvidos que me ouvem
Nenhuma mensagem é
Registrada na memória ou
Registro na história como
Comemorar sem ter uma
Vitória? como comemorar
Um pesadelo de derrotado?
Um currículo só de
Derrotas? agora aparece-me
A lua indescritível vem-me
Dar o tiro de misericórdia
Vem passear sobre minhas
Cinzas vem reinar sobre mim
Rainha única soberana sou
Teu súdito sou teu vassalo
Servil me reergo águia no
Teu voo de prata infinito
Nenhum comentário:
Postar um comentário