quarta-feira, 2 de outubro de 2024

SUBLIME PERGAMINHO, UNIDOS DE LUCAS, MARTINHO DA VILA:


Quando o navio negreiro

Transportava negros africanos

Para o rincão brasileiro

Iludidos

Com quinquilharias

Os negros não sabiam

Que era apenas sedução

Pra serem armazenados

E vendidos como escravos

Na mais cruel traição

Formavam irmandades

Em grande união

Daí nasceram festejos

Que alimentavam o desejo

De libertação

Era grande o suplício

Pagavam com sacrifício

A insubordinação

E de repente

Uma lei surgiu

E os filhos dos escravos

Não seriam mais escravos

No Brasil

Mais tarde raiou a liberdade

Pra aqueles que completassem

Sessenta anos de idade

Ó sublime pergaminho

Libertação geral

A princesa chorou ao receber

A rosa de ouro papal

Uma chuva de flores cobriu o salão

E o negro jornalista

De joelhos beijou a sua mão

Uma voz na varanda do paço ecoou:

Meu Deus, meu Deus!

Está extinta a escravidão

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