Nesta época do ano as coisas são difíceis
O intermédio não é nem o começo nem o
Fim tenta-se uma ação é em vão faz-se
Um ato torna-se um desacato aonde foi
Parar o aparato cabeça de cabaça vazia
Vãs ideias pensamentos mãos pedintes
Pedantes pendentes são crianças carentes
Faz-se um gesto é indigesto tenta-se levar
Com jeito com trejeito ajeita-se como pode
Com jeitinho improvisos gambiarras o
Trigo estraga mas não é distribuído quando
O pão é feito assado não é dividido a nação
Prefere quebrar-se gastar bilhões da produção
Em guerras não curva-se em busca do grão
Da paz não gasta um átimo em busca duma
Solução não tem-se excelência em nada as
Vossas excelências são umas excrescências
Os doutores uns atores coadjuvantes só
Aceitam papéis de bandidos mafiosos
Marginais ofusca-se a ética seduz-se a
Corrupção mistura-se política com religião
O sagrado com o profano o público com o
Privado perde-se assim a esperança duma
Época melhor mais fácil aos mais frágeis não
Melhora-se o mundo nem suaviza-se os
Caminhos para os que estão descalços a
Pisar o chão com as raízes dos pés feridos
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