Faz tempo que não te vejo
Não te procuro não te
Encontro sumiste na poeira
No ar entraste no mar
Tapaste meus olhos
Cegaste-me calaste-me
Saíste do mapa
Mudaste de lugar
Entraste na onda
Pulaste do terceiro andar
Quebraste o pé
Ficaste sem andar
Tudo aconteceu
Não morreste adoeceste
Curaste-te calaste-te
Não voltaste
Engrossaste a voz
Ficaste rouca
Com voz de homem
Ficaste máscula
Perdeste a feminilidade
Passaste da idade
Avançaste na vida
Encalhaste na soleira
Da porta do portão
Cresceste demais
Escondeste-te no sótão
Dormiste no porão
Bebeste cachaça vinho
Vomitaste espinho
Deste com a cabeça no poste
Soltaste um palavrão
Falaste um nome feio
Cruz credo
Meu Deus que horror
Faz tempo que
Não tenho tempo
De saber de ti
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