No círculo feito na erva ao luar, 
     Vejo-as dançar. 
A um lado e outro no luar que falha 
     Vêm e vão, 
E a dança que dançam luar espalha 
     No meu coração. 
Danças pequenas até que a mágoa 
     Com um som de água 
Marulha contra o meu ser estranho 
     E anseia a achar 
E a sombra de tudo quanto não tenho 
     Me vem afagar 
O amor inútil, o sonho morto 
     O incerto porto, 
A busca estéril das mágoas verdes 
     O rio em dor 
E fica agora, ao luar na relva 
     Da vaga selva, 
Meu coração desolado — frio 
     Ao luar vazio.
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