Colhe todas as rosas que encontrares! 
Colhe até as que sonhas; com um laço 
De erva comprida prende-as regulares, 
E assim, em feixe, traze-as no regaço!
Vem até mim com essas rosas plenas 
E eu saberei, entre elas, distinguir 
As que são reais, porque são mais pequenas, 
E, maiores, as fora de existir.
Mas é com realidade e ilusão, 
Com um feixe de flores vindo e dado, 
Que conseguimos dar ao coração 
O prémio inútil que lhe nega o fado.
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