Do vale é o lírio a estrela da manhã
E o lírio é a estrela da manhã do vale e um
Complementa o outro e fica impossível de se
Imaginar o vale sem o lírio e o lírio sem o
Vale pois são vestidos de riquezas que não se
Pode comparar naturalmente e o lírio nem o
Tal do Salomão chegou perto e o vale é a
Morada preferida do vento quando vem em
Disparada das nuvens pelas paragens e
Veredas e sendas e encostas e torna subir às
Alturas e repentinamente despenca alado no
Ventre do vale a brincar com o lírio na haste
Tenra e forma-se um belo trio a se apreciar a
Qualquer momento da vida a quem tem um
Bom gosto a desfrutar e a ouvir as canções
Do vento a declamar poesias à estrela da
Manhã e o dia empresta toda alegria para
Não decepcionar e um é companheiro
Doutro e mesmo quando chega a noite e o
Vale está escuro e vem a lua a observar o
Prateado na relva que ajuda a clarear e até
As nuvens somem do céu nessa hora e o
Universo se aproxima tão densamente que
A pulsação é sentida no coração e na vida a
Natureza se ouve uma oração é a criança
A agradecer é o pastor a vigiar é a ovelhinha
A balir de contentamento e o vale é só o lírio
E o vento e a estrela da manhã e o firmamento.
BH, 02001102020; Publicado: BH, 0210602022.
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