Meus santos nenhuns foram beatificados
Ou canonizados
Ou santificados pelo papa
E o contrário foram relhados nos pelourinhos
E todos são santíssimos designados por
Instituições de entidades onde o papa não
Passaria dum espírito anão
E meus espíritos todos são espíritos
Concebidos pelas luzes dos soles das maiores
Grandezas
E todos os meus entes são de moradias eternas
E de casas de poetas
E de portos de bardos
E cais de embarcações universais
E me elevaram além de mim em estaturas de
Firmamento
E dito em testamentos as lições recebidas
E consagro em escrituras as palavras citadas
Que guardo em santuário de coração cada
Estátua de letra de pingo de sangue
E cada provérbio em versículo
E em verso de hemorragia
E me deixo crescer sem agonia
E amadurecer-me sem angústia
E me absorver sem ansiedade
E já aprendi a viver
E não ficar mais doente de depressão da minha
Esquizofrenia de esquisito
E também já aprendi não morrer
E sigo eterno nesta composição com certeza da
Condição de ser inabalável fundido em núcleos
De vulcões siderais
E curado fundamental
E sarado
E são a desprezar o vão com suas coisas vãs
E este grito de aedo que acordou cedo antes
Do tempo moderno registo nesta ata de acha
O que ouço do vento
E são finos argumentos
De confrarias superiores
E vai tu
E tuas moradas
E teus moradores pelas estradas
Que ligam macrocosmos
E resgatai as mensagens esquecidas nos
Portais das dimensões
E trazei de volta a alegria
E a felicidade
E o amor aos vossos corações mortais
E nunca mais voltai às trevas das escuridões
Abissais para não morrerdes nunca mais.
BH, 0501102020; Publicado: BH, 0220602022.
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