Nunca mais se ouviu uma canção de ninar
E além desse nunca mais há ainda muitos
Outros nunca mais do passado no aquém
Que nunca mais se ouviu falar e nunca mais
Se olhou o firmamento azul do azul do céu
Azul e nunca mais se olhou a lua e nunca
Mais se seguiu o sol em suas viagens sem
Volta e nunca mais se falou em poesia e
Nunca mais se declamou um poema poente e
Nunca mais se observou uma flor nascente
Ou um pássaro numa haste ou numa árvore Contente ou um besouro num toco dum pau
Oco e nunca mais se impediu uma árvore de
Ser cortada ou queimada e nunca mais se
Plantou uma árvore no planeta e era um dos
Dez mandamentos da humanidade e nunca
Mais se foi humano da raça humana e nunca
Mais se brincou de mais nada e só se levou
Tudo a sério e a guerra a sério e a fome a
Sério até à última extremidade do extermínio
E se levou a sério campos de refugiados e de
Flagelados e nunca mais a humanidade
Voltou ao humanismo e o homem a ser
Humanista e nunca mais se fez uma criança
Feliz e pelo contrário quando não a matamos
Ao nascer a matamos com a violência do dia
A dia com o estupro e a pedofilia ou a
Exploração de qualquer espécie e nunca mais se
Ouviu cantar coisas de amor numa cantiga.
BH, 01701102020; Publicado: BH, 0240602022.
Nenhum comentário:
Postar um comentário