Disse Virgílio labor omniavincit improbus O trabalho indefesso a tudo vence Juvenal mens Sana in corpore sano mente sã em corpo são Máxima de como ser o ideal supremo do Homem o que quase sempre não se realiza porque Nem sempre a mente é sã quando o é o corpo Repondo ainda a plagiar Virgílio mens Agitat molens o espírito anima a matéria é Assim que procuro falar quando perguntam-me porque Escrevo assim em quantidade? pois a escrita é O meu trabalho ao escrever procuro despojar De mim tudo que encontro dentro dispo-me Mantenho assim bem animados matéria Espírito já que quando morrer pois devo Morrer breve cedo como morrem os ignorantes Os que vivem a dobar a enovelar o fio da meada Com ou sem dobradura ficam a voltear a Fazer novelos no ar a rodopiar com os redemoinhos Do vento enfim cair a dar voltas pelo chão Na poeira do pó no pó da poeira na dobagem Dos elementos nos simulacros da oficina Nas fábricas de fiação na azáfama na Roda viva da roca como uma dobadeira A mulher que manipula o aparelho dizedor Mudo assim tão falador gracejador sem fala palrador Sem voz declamador divorcista partidário do Divórcio entre a vida a morte vivo diviso entre O bem o mal dividido entre ser bom ou ser mau Separado da humanidade repartido pela raça Humana divisional quero nesta divisão distrital Ter a mente divinizante o cérebro deificante pelo Menos neste menor momento ter um pouco o ser Divinizador o ente deificador por pouco que seja Este dividimento já que muitos morrem na riqueza Outros morrem na divícia levam tudo para o túmulo Já morro como um diversório não levo nada para o Purgatório vou vazio diversivo não levo nem a diversão Deixo até aquilo que diverte almas espíritos seres o Que é revulsivo para a vida vou oco vazio no vácuo Um que que não contém nada despejado um Espaço imaginário não ocupado nem pela Vacuidade estado da vaidade da ignorância Se puder ir diversifloro da maneira que vivi A inflorescência em que as flores do centro são regulares As da circunferência irregulares diversificável Diversificante que diversifica de tudo que é Normal nu até da diversificação para o caixão Não levo nem o variegado policromo o traje de cores bem Diversas o diversicolor incolor do divagante que Olhava para o céu como o divagador a estrela que Divagava no firmamento fixa ou livre que brilha Por prolongada direção um sol diuturno uma Lua de diuturnidade que fica no largo espaço De tempo que nem a longa vista consegue Enxergar não quero olhar para o que posso ver Não quero ver o que posso enxergar não quero Escrever um diário nem ler livros de orações Cotidianas um normal diurnal me faz mal Um ditongal não me ajuda a ditongação não Será a minha salvação parto no parto sem Vínculo livre do ditério popular da chufa do Povo longe do motejo da zombaria da turba Deixo aqui dichote mexerico enquanto Não padeço tal o disúrico nada irá disturbar-me Perturbar o meu deitar alterar minha reverberação Convulsionar meu metabolismo sigo sem o Embaraço não conheço aflição a distrição não Irá prostrar-me pois pelado estou um distinguidor Leve mais leve do que a levitação mais ainda Distinguível do que o ar que não vemos o Universo que se distingue diante do nosso Nariz como a distomatose a infecção por vermes Trematódios e antigamente incluídos no gênero Distomum a distonia a deslocação a anomalia do Órgão neurovegetativa com transtorno da excitabilidade Do vago do simpático que pode exteriorizar-se de Diversas formas conforme a hipo ou a hipertonia Dum ou outro sistema findo nesta distopia nesta Deslocação anomalia de situação por enfraquecimento Dos ligamentos o mesmo que ptose só para lembrar Do grego mal topos o lugar sem distrato por Este distraimento sem distrate por esta distração É neste poema distrativo que espero que seja O que distraia os vivos que findo então feliz Volto do jeito que nasci um pouco mais rápido Breve tênue porém sem medo de voltar ao Pó da poeira donde fui um dia gerado no além |
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quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Disse Virgílio labor omniavincit improbus BH, 0100502001; Publicado: BH, 0501202013.
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