quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Disse Virgílio labor omniavincit improbus BH, 0100502001; Publicado: BH, 0501202013.


Disse Virgílio labor omniavincit improbus
O trabalho indefesso a tudo vence Juvenal mens
Sana in corpore sano mente sã em corpo são
Máxima de como ser o ideal supremo do
Homem o que quase sempre não se realiza porque
Nem sempre a mente é sã quando o é o corpo
Repondo ainda a plagiar Virgílio mens
Agitat molens o espírito anima a matéria é
Assim que procuro falar quando perguntam-me porque
Escrevo assim em quantidade? pois a escrita é
O meu trabalho ao escrever procuro despojar
De mim tudo que encontro dentro dispo-me
Mantenho assim bem animados matéria
Espírito já que quando morrer pois devo
Morrer breve cedo como morrem os ignorantes
Os que vivem a dobar a enovelar o fio da meada
Com ou sem dobradura ficam a voltear a
Fazer novelos no ar a rodopiar com os redemoinhos
Do vento enfim cair a dar voltas pelo chão
Na poeira do pó no pó da poeira na dobagem
Dos elementos nos simulacros da oficina
Nas fábricas de fiação na azáfama na
Roda viva da roca como uma dobadeira
A mulher que manipula o aparelho dizedor
Mudo assim tão falador gracejador sem fala palrador
Sem voz declamador divorcista partidário do
Divórcio entre a vida a morte vivo diviso entre
O bem o mal dividido entre ser bom ou ser mau
Separado da humanidade repartido pela raça
Humana divisional quero nesta divisão distrital
Ter a mente divinizante o cérebro deificante pelo
Menos neste menor momento ter um pouco o ser
Divinizador o ente deificador por pouco que seja
Este dividimento já que muitos morrem na riqueza
Outros morrem na divícia levam tudo para o túmulo
Já morro como um diversório não levo nada para o
Purgatório vou vazio diversivo não levo nem a diversão
Deixo até aquilo que diverte almas espíritos seres o
Que é revulsivo para a vida vou oco vazio no vácuo
Um que que não contém nada despejado um
Espaço imaginário não ocupado nem pela
Vacuidade estado da vaidade da ignorância
Se puder ir diversifloro da maneira que vivi
A inflorescência em que as flores do centro são regulares
As da circunferência irregulares diversificável
Diversificante que diversifica de tudo que é
Normal nu até da diversificação para o caixão
Não levo nem o variegado policromo o traje de cores bem
Diversas o diversicolor incolor do divagante que
Olhava para o céu como o divagador a estrela que
Divagava no firmamento fixa ou livre que brilha
Por prolongada direção um sol diuturno uma
Lua de diuturnidade que fica no largo espaço
De tempo que nem a longa vista consegue
Enxergar não quero olhar para o que posso ver
Não quero ver o que posso enxergar não quero
Escrever um diário nem ler livros de orações
Cotidianas um normal diurnal me faz mal
Um ditongal não me ajuda a ditongação não
Será a minha salvação parto no parto sem
Vínculo livre do ditério popular da chufa do
Povo longe do motejo da zombaria da turba
Deixo aqui dichote mexerico enquanto
Não padeço tal o disúrico nada irá disturbar-me
Perturbar o meu deitar alterar minha reverberação
Convulsionar meu metabolismo sigo sem o
Embaraço não conheço aflição a distrição não
Irá prostrar-me pois pelado estou um distinguidor
Leve mais leve do que a levitação mais ainda
Distinguível do que o ar que não vemos o
Universo que se distingue diante do nosso
Nariz como a distomatose a infecção por vermes
Trematódios e antigamente incluídos no gênero
Distomum a distonia a deslocação a anomalia do
Órgão neurovegetativa com transtorno da excitabilidade
Do vago do simpático que pode exteriorizar-se de
Diversas formas conforme a hipo ou a hipertonia 
Dum ou outro sistema findo nesta distopia nesta
Deslocação anomalia de situação por enfraquecimento
Dos ligamentos o mesmo que ptose só para lembrar
Do grego mal topos o lugar sem distrato por
Este distraimento sem distrate por esta distração
É neste poema distrativo que espero que seja
O que distraia os vivos que findo então feliz
Volto do jeito que nasci um pouco mais rápido
Breve tênue porém sem medo de voltar ao
Pó da poeira donde fui um dia gerado no além

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