Só dou azar no jogo de azar no amor só fui trapaceado
Num jogo da trapaça só fui a mentira na mentira
A batota que me acompanha sempre será a desonestidade
Da minha vida o orifício por onde escoa a honestidade
Como o líquido escoa em pipa ou barril a rolha que
Tapa o batoque em mim não deixa a verdade
Entrar ser soberana na minh'alma na boca
Não palavras sadias trago o botoque a rodela
De madeira que certos índios colocam em furos
Nos lábios a minha beleza é menor do que os
Indivíduos de baixa estatura não ando nas
Bocas de ninguém não sou um cosmético nem líquido
Nem em batão que serve para colorir os lábios
Quando ando nas bocas não é porque sou um
Batom é por causa da má fama quando anda na
Boca de alguém estão a falar mal de mim pois
Ninguém sabe me abençoar solenemente como se
Fosse um avião ou uma embarcação qualquer
Todo mundo só sabe me amaldiçoar adulterar meus
Líquidos a misturar-lhes água pôr nome ruim
Alcunha ao administrar o meu batismo quem
Quis me batizar não participou do batizado da festa
Do batismo do lugar onde fica a pia batismal na
Batista ou na anabatista na antiga igreja protestante
Que hoje virou um tipo de cambraia virou um
Belchior uma loja de negociantes de objetos velhos
Usados só soube desconfiar da beldade da mulher
Bonita da beleza da mulher que por acaso me dá
Bola ou é maluca ou é travesti pois mulher
Nenhuma nunca foi assim de sair por aí pela
Noite a dar bola para mim só o agente de
Polícia o esbirro de soldado o tira o beleguim
Que andam no meu pé a pedir documentação
Para qualquer averiguação como se fosse um
Beócio ou mais estúpido ainda ou ainda mais
Ignorante que naturalmente aparento ser fora da
Beócia região da Grécia antiga que talvez possa
Vir a me impedir de bestificar bestializar as pessoas
Causar maior pasmo com o meu comportamento
A minha besteira sempre foi bestificante a bestice que
Bestifica-me se me falta a qualidade do que é
Belo sei que não sou coisa nem pessoa bonita
Só sei tornar-me cada vez mais besta a minha
Bestialidade é infinita eterna a bestial a brutal
Feia repugnante feroz como um animal cruel de
Imensas proporções de asneiras gigantesco caminhar
Sem rumo certo o destino não me deixa parar de
Bestar o destino não me barra na condição de
Bestalhão dum estúpido solitário um grosseiro sem
Educação ignorante analfabeto um triste bobalhão
Ajo feito besta-fera híbrido de jumento dom égua ou
De cavalo com jumenta presunçoso igual a um presunto
Valentão de mente quadrada metido inteiramente à pessoa
Morta por antiga arma de guerra que morre facilmente
Fora da variedade de inseto que tem as asas protegidas
Por uma carapaça sou um besouro sem proteção da
Natureza uma bertalha planta hortense comestível envenenada
Uma verruga na ponta do nariz uma verruga no lábio
Sou um berro na hora da morte o grito do porco quando
A ponta da faca o atinge o coração grito mais alto do que
De pessoa grito de certos animais que não mereciam
Morrer mete pena o berreiro dá dó os berros sucessivos
A gritaria que não sai mais dos ouvidos a manha
Ruidosa diante do carrasco o choro antes do berrar
É de tirar lágrimas o vociferar ao ver refletir o
Lampejo no olhar daquele que vai nos matar
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