domingo, 20 de agosto de 2017

Nada tenho em mim de argento de prata; BH, 090702000; Publicado: BH, 0101202013.

Nada tenho em mim de argento de prata
De salso de poético igual ao mar
Nunca fui elemento de composição de nada
De argentil de argentômetro como o aparelho
Destinado a avaliar a dose de sal de
Prata numa solução não sou a solução
Nem solução para a humanidade
Não tenho humanidade não sou espirituoso
Não encontro quem queira acender-me vela
Para minh'alma é por isto que até
Hoje não consegui fugir das trevas
A minha argileira mental é ruim
O lugar donde se extrai a minha argila intelectual
O meu barreiro está cheio de sanguessugas
Não tenho o poder de criação do moleiro
Não conheço argili do latim argilla argilo
O meu composto argilífero não foi aceito por Deus
Que não me fez à sua imagem nem soprou nas
Minhas narinas minha poesia argiliforme meu
Poema argilóide não encontraram lugar nos salões
Da aristocracia da burguesia da elite
Toda letra que tracei no grego argilo
Não criou raiz na terra não vingou
A argilofagia da minhoca do verme
Criou mais do que o meu hábito de comer terra
Não gerei flores alvas prateadas como os argirâtemos
Sim espinhos arginíase a intoxicação
Ocasionada pelo uso de sais de prata
Leguei a todos o argirismo escureci
Ao mundo o argírico de prata pura
Nada tenho por extensão nem dinheiro ou
O argiro do grego arguro só espero
Morrer um dia com a cabeleira argirócoma
Branca como um cometa saem o amparo do sol
Da classe dos argirocratas sem a influência
Predominadora do dinheiro da riqueza do
Putrefato governo exercido pelos fétidos ricos
Só com o argirócomo do espírito brando
Com o desprezo de Diógenes pela argirocracia
Pela plutocracia do ricaço argentário
Tudo mais que faz parte da podridão da sociedade
O meu povo então viverá como um ser
Que tem folhas brancas como a prata
O argirofilo da lua a deixar de lado
O espírito de Tartufo protegido pelo
Proteinato de prata de propriedades antissépticas
O argirol do argivo grego habitante ou natural
De Argos antiga cidade do Peloponeso
Onde todo conhecimento cultura são
Despertados por pancadas de argolas aldravas
Como uma porta onde se bate é aberta
Para a sabedoria o saber argolado
Protegido por anel com as pedras ou sem
Interiço grosso como um escudo com o
Devido monograma no argolão
Quisera ser o argoleiro o fabricante
Ou o vendedor dessas argolas do passado
Mas sou só uma argolinha só um
Jogo popular uma massa que se faz sopa
Um biscoito pequeno com jeito de argola
Isto é tudo que consegui ser
Aparento atrevido valentão
Aparento irritadiço argoneço
No fundo sou covarde medroso
Nada tenho de histórico argonáutico
Não sei arguciar usar de argúcia
Sou só um vergonhoso ser não argucioso
O que se serve o que se encerra em mim
É a moita de argueireiro que me
Mete argueiros minuciosos
Traiçoeiros sutilizados arguentes
Que arguem argumentam o arguidor
Da imaginação o que me argui na hora fatal
O acuzador do juízo final que condena à
Fogueira a minha sobra carnal

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