Nada tenho em mim de argento de prata De salso de poético igual ao mar Nunca fui elemento de composição de nada De argentil de argentômetro como o aparelho Destinado a avaliar a dose de sal de Prata numa solução não sou a solução Nem solução para a humanidade Não tenho humanidade não sou espirituoso Não encontro quem queira acender-me vela Para minh'alma é por isto que até Hoje não consegui fugir das trevas A minha argileira mental é ruim O lugar donde se extrai a minha argila intelectual O meu barreiro está cheio de sanguessugas Não tenho o poder de criação do moleiro Não conheço argili do latim argilla argilo O meu composto argilífero não foi aceito por Deus Que não me fez à sua imagem nem soprou nas Minhas narinas minha poesia argiliforme meu Poema argilóide não encontraram lugar nos salões Da aristocracia da burguesia da elite Toda letra que tracei no grego argilo Não criou raiz na terra não vingou A argilofagia da minhoca do verme Criou mais do que o meu hábito de comer terra Não gerei flores alvas prateadas como os argirâtemos Sim espinhos arginíase a intoxicação Ocasionada pelo uso de sais de prata Leguei a todos o argirismo escureci Ao mundo o argírico de prata pura Nada tenho por extensão nem dinheiro ou O argiro do grego arguro só espero Morrer um dia com a cabeleira argirócoma Branca como um cometa saem o amparo do sol Da classe dos argirocratas sem a influência Predominadora do dinheiro da riqueza do Putrefato governo exercido pelos fétidos ricos Só com o argirócomo do espírito brando Com o desprezo de Diógenes pela argirocracia Pela plutocracia do ricaço argentário Tudo mais que faz parte da podridão da sociedade O meu povo então viverá como um ser Que tem folhas brancas como a prata O argirofilo da lua a deixar de lado O espírito de Tartufo protegido pelo Proteinato de prata de propriedades antissépticas O argirol do argivo grego habitante ou natural De Argos antiga cidade do Peloponeso Onde todo conhecimento cultura são Despertados por pancadas de argolas aldravas Como uma porta onde se bate é aberta Para a sabedoria o saber argolado Protegido por anel com as pedras ou sem Interiço grosso como um escudo com o Devido monograma no argolão Quisera ser o argoleiro o fabricante Ou o vendedor dessas argolas do passado Mas sou só uma argolinha só um Jogo popular uma massa que se faz sopa Um biscoito pequeno com jeito de argola Isto é tudo que consegui ser Aparento atrevido valentão Aparento irritadiço argoneço No fundo sou covarde medroso Nada tenho de histórico argonáutico Não sei arguciar usar de argúcia Sou só um vergonhoso ser não argucioso O que se serve o que se encerra em mim É a moita de argueireiro que me Mete argueiros minuciosos Traiçoeiros sutilizados arguentes Que arguem argumentam o arguidor Da imaginação o que me argui na hora fatal O acuzador do juízo final que condena à Fogueira a minha sobra carnal
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