Tentei preparar a minha vida
Para arranjar um meio de ser feliz
Fiquei a servir até de alcoviteiro
Na tentativa de alcofar meu destino
Moldá-lo num cesto flexível com asas
Do tipo feito de vime esparto ou folha de palma
Cheio de ideias de ideais de esperança fé
Uma alcofa de segurança bonança
O que fez minha alma alcoviteira?
Transformou-se numa alcoceifa de maus presságios
Num alcouce de maus-agouros
Conventilho de azar macabro
Alcoice de coisa ruim sórdida
Lupanar de má sorte fúnebre
Prostíbulo de ideias diabólicas funestas
A impedir-me de chegar-me ao meu porto
De levar uma vida de alcobacense
Da cidade de Alcobaça em Portugal
Ainda me impediu no que diz
Respeito à vida ao mosteiro
Ao natural habitante
Foi essa a resultante de querer
Gerar através do alcmaniano
Mostrar através do alcmânico
Ou do alcmânio também
Uma espécie de verso latino
Composto de três dactilos uma cesura
A história da minha aventura
Pelo mundo da desventura
Não fui tão sereno quanto o sereno
Nem tão agradável quanto à brisa
Brando igual ao orvalho
Não fui tão suave quanto o amanhecer
Perdi o meu brilho alciônico
Meu esplendor alciôneo
Não fui mais a estrela brilhante
Da constelação das plêiades
A ave alcione aquática
Também chamada maçariço
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