Ontem se não me falha
Talvez anteontem quando
Estávamos no ônibus 498,
A filha a esposa eu um
Passageiro nos ameaçou
Com uma arma ao mesmo
Tempo que aos gritos exigia
Dinheiros relógios carteiras
Joguei a minha carteira vazia
De dinheiro porém cheia
De papéis inúteis vergonha
Da crise que assola vergonha
Da recessão a mulher deu
R$2,00 nem conto para
Ninguém tenho até receio da
Gozação um assalto com
Pistola tudo sangue
Derramado de nariz
Duma senhora idosa
Choro da filha em pânico,
Sou chamado de gordão
Mandado ficar quieto
Depois mudado de lugar
Sob a mira da pistola
Para o fundo do ônibus
O martelar dos gritos
No final até piada teve
A esposa a dá só R$2,00
Ao passageiro armado
Foi mais do que hilariante
É o tipo de história de final
Feliz no final de tudo
Todo mundo a rir
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