quinta-feira, 13 de junho de 2013

Estou desde ontem a tentar pensar nalguma coisa; BH, 0250102000; Publicado: BH, 0130602013.

Estou desde ontem a tentar a pensar nalguma coisa
O que poderia pensar hoje na situação na qual me
Encontro com quarenta cinco anos já deveria ter
Aprendido compreendido entendido os segredos
Dos pensamentos a sabedoria a inteligência do
Pensar sem medo de raciocinar sem medo da
Razão pura já deveria ter chegado à idade da
Razão pura ou não ou misturada não me
Surpreender com mais nada não ficar surpreso
Com os modismos do consumo é por isso que
Gostaria de ficar satisfeito ficar conformado
Não ficar frustrado que se danem os meios
Que me fazem sentir indignado triste frustrado
Sem perspectivas na idade na qual me encontro
Tenho mais è que me situar em mim procurar
Por chegar aos meus filhos à minha mulher a
Sensação a emoção de que os amo os quero
Bem a levar uma vida na paz na bonança sei
Que é muito difícil principalmente por que
Vivemos numa sociedade materialista
Neoliberal globalizada onde só o lucro
Interessa só o dinheiro é que vale só a
Ganância a vaidade são o que valem todo o
Mais que diminui a estatura interior do ser
Humano estou desde ontem a procurar uma
Fonte donde conseguisse ficar saciado em
Calma ciente do meu espírito da minha alma
Consciente da minha mente e da minha memória
Presente na minha história e no meu passado
No meu presente no meu futuro em tudo que
Diz respeito ao respeito à vida à saúde à
Educação à criação resistência sobrevivência
Renunciar à ignorância renunciar à estupidez à
Pobreza de espírito à falta de conteúdo interior
Por tudo isso mais não posso perder a questão
Não posso me perder na questão tenho sempre por
Obrigação estar atento preparado para não cair em
Tentação não cair em desgraça miséria a fazer com
Que todos fiquem revoltados contra mim os meus
Princípios não tenho culpa porém se for imposta a
Mim farei questão de assumi-lá mesmo sem tê-la
Faço questão da verdade em detrimento da mentira
Da realidade em preterência à falsidade faço mais
Questão ainda da liberdade do aprendizado de viver
Em comunidade de não viver eremita ermitão
Solitário longe do convívio das pessoas do calor
Humano não quero viver longe do carinho do contato
Do tato do afago que possam impedir minha afetação
Impedir que me transforme em ser pusilânime fique
Coberto de pústulas doutros males mazelas que
Podem ocasionar a vergonha como o ter que
Esconder o ter que se enfiar a cabeça o corpo em
Buraco de esgoto para tentar fugir sem enfrentar os
Perigos com a cara sem a máscara com a coragem
Sem a covardia uma tremida dum segundo pode
Colocar uma vida perdida o corajoso não deve
Tremer nem por meio segundo quanto mais por um
Às vezes fico a pensar o que leva uma pessoa a
Matar crianças inocentes sem motivo algum
Gostaria de poder me embrenhar na cabeça
Duma pessoa assim para descobrir o que tem
Dentro atrair criança para o abuso sexual violento
Depois espancamento em seguida a morte ir a matar
Até chegar a um número absurdo de dez meninos
Meninas que nenhum mal fizeram a não ser nascer
Às vezes fico a pensar a meditar nessas coisas
Noutras mais outras me olho sem saber pego-me a
Chorar no escuro do meu quarto a chorar sozinho
Em silêncio sem entender por que fico assim
Comovido com remorso arrependido emocionado
Sem saber a causa deve ser por essas crianças
Exterminadas torturadas que sofreram abusos
Violências deve ser por tudo isso a causa do meu
Choro deve ser por todas essas almas desamadas
Em vão ou só para saciar um desejo mórbido
Bestial dum animal que talvez nós não podemos
Chamar de homem não podemos chamar de ser
Humano não podemos alimentá-lo não podemos
Deixá-lo dormir só atormentá-lo como se estivesse
Num inferno vivo desperto a desesperá-lo
Extremamente a aluciná-lo a deixá-lo em angústia
Agonia agonizante dor nada de pena de morte pois
A morte é pouco a morte não é nada para tipos assim
A morte é até uma fuga um refúgio não devemos nem
Deixá-lo fugir nem deixá-lo refugiar-se no sossego na
Paz na tranquilidade dum cemitério não podemos
Deixá-lo refugiar na água no sono da noite na comida
Do almoço temos que fazê-lo chorar todos os dias
Lamentar lamuriar derramar lágrimas eternas prantear
Dia noite nunca deixá-lo repousar a cabeça num
Travesseiro deixai vir a mim os pequeninos as
Pequeninas não os impeçais por que dos tais é o reino
Dos céus essas são as belas palavras de Jesus Cristo
Quando andou aqui pelo mundo depois foi embora
Nunca mais voltou para o nosso meio imaginais
Se isso acontecesse numa época na qual Jesus Cristo
Andasse por aqui? oque será que Cristo Jesus ia fazer
Pensar pedir para o causador de tantos crimes hediondos?
Será que Jesus perdoaria tamanhas monstruosidades?
Cristo aqui comigo penso que não da mesma maneira
Que não perdoaria a comercialização do Evangelho por
Algumas igrejas ditas evangélicas mas que do Evangelho
Não dão exemplo algum cada vez que penso quero é só pensar
Cada vez mais ir deixar as minhas impressões
Pensadas escritas finais sobre estas linhas (1)

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