sexta-feira, 14 de junho de 2013

Um papel qualquer está a me esperar preciso; BH, 080202000; Publicado: BH, 0140602013.

Um papel qualquer está a me esperar preciso
Representar bem o meu papel neste papel qualquer
Que está a me esperar nenhuma condição fanática
Só o branco dum papel a esperar que um papel seja
Muito bem representado por um autor nenhuma
Perspectiva de lucros nenhum sonho de sono só o
Sonho por si só só o sono por condição de sono sem
Condição de sonhar pois a realidade é a sabedoria do
Berço milenar do tempo do Cipão Japão antigo do
Tempo da China suas famílias de dinastias do Egito
Dos sarcófagos das pirâmides dos faraós à Índia
Demais culturas de todo Oriente Médio velha Europa
Por aí à fora que o universo vai embora todo o sono
Com todo o sonho possível não seriam suficientes para
Enumerá-los meu Deus sou o que não sei qual é o meu
Papel? não sei o que é que tenho que representar perante
Mim perante os demais sonhadores sobreviventes do caos?
Sou o que não sei nada a meu respeito só me envergonho de
Mim? não encontro nem nas fórmulas matemáticas nem
Nas figuras da álgebra o ponto final de todas as dúvidas que
Dentro dos meus labirintos gravadas nas minha lápides
Escondidas nos meus recônditos sepulcrais valas covas
Indigentes como é difícil conectar o pensamento plugar a
Ideia canalizara energia as ondas cerebrais em pró dum
Ideal de evolução mudança transformação o tempo vai
Passar cada vez mais vamos ficar atrás do tempo longe da
Dimensão fora do raio de ação do ângulo de visão capaz
De decifrar os enigmas pelas poeiras pelas moléculas do ar
Tudo não se acaba em papel de parede em decoração de
Quartos salas cômodos de casas pode ser até um efeito
Visual uma estética de ilusão de retina ocular mas não o
Modelo adequado não o exemplo de perfeição de
Comportamento equilibrado ilibado salvo das turbulências
Das recaídas da embriaguez trôpega irracional da ira do
Ódio do gênio do mal que nos persegue a oferecer bugigangas
Eletrônicas as quais aceitamos de olhos vendados tais nativos
Que aceitaram espelhos outras quinquilharias em troca das
Farturas da terra não nos desligamos deste elo de colonialismo
De atraso ainda comemoramos batemos palmas fazemos
Festas para os nossos donos como se fossemos cãezinhos
Domesticados ensinados entregamos nossas melhores
Mulheres entregamos a nossa natureza nosso ouro ferro
Águas energia entregamos tudo alucinadamente parece que
Estamos doentes tal a voracidade que cortamos nossas árvores
Para que os nossos donos as levem para bem longe parece que
Estamos mortos que somos cegos surdos mudos não
Temos a devida sensibilidade a racionalidade para equilibrarmos
As ações dos cães devoradores canibais famintos antropófagos
Assassinos que nos sugam até a última gota de sangue não deixam
Nada para que possamos derramar por nossa pátria nossa terra
Nossos irmãos levam tudo tudo que é nosso passa para o
Nome deles perdemos a moral perdemos a personalidade o
Caráter o orgulho de ser povo nativo derrotado entregue
Pelo capital sugado esmagado iludido na demagogia na
Promessa que nunca é concretizada quanto mais confiamos
Mais afundamos caímos na malha na garra nos dentes nas mãos
Dos nossos verdadeiros donos dominadores só nós não
Percebemos a manipulação a entregação o fim da cultura o fim da
Tradição só nós não percebemos que estamos a ser usados
Escravizados renegados a segundo plano subalternos impedidos
Dum dia mostrar ao mundo a independência a república a federação
O estado brasileiro a felicidade real da nação precisamos mostrar o
Nosso papel não pode ser um papel de coadjuvante temos que
Mostrar um papel de realização que quebre os tabus os dogmas que
Nos são impostos que derrube complexos derreta o nosso gelo
Destrua toda a timidez que durante séculos nos deixou amarrados em
Troncos tanto como os escravos com as cabeças nos cepos para
Sermos decapitados pelo verdugos do capitalismo infernal do cruel
Neoliberalismo da globalização selvagem que não nos respeita não se
Preocupa com o nosso futuro a não ser nos lucros que podemos causar
Com a nossa eterna ignorância burrice obtusidade o dia em que
Pararmos de gerar lucros para eles perderão totalmente o interesse
Sobre nós sobre o nosso futuro presente história nunca vi em país
Sério nenhum acontecer no caso dos remédios igual aconteceu aqui com
O meu que não tem governo não tem presidente os que estão aí são
Controlados pelos grandes laboratórios fabricantes de remédios
Vejais que nos postos de saúde o paciente não encontra um remédio
Sequer da receita aviada por algum médico justamente para que
Tenha que ir à farmácia pagar caro pelos remédios das multinacionais
Tudo isso com total conivência dum governo covarde entreguista
Vendilhão que não merece de forma alguma o respeito a admiração
Do povo deste país que tem tudo para ser feliz não é quero olhar
No olho de cada componente da raça brasileira a perguntar qual é o
Nosso papel? é isso que nós queremos temos que fazer? a nossa
Opinião o nosso comportamento são ditados pelos famigerados da
Mídia ou nós podemos nós mesmos gerar os nossos próprios destinos
Sem interferência da burguesia da elite da classe dominante?
Preciso olhar nos olhos dum por um indagar não nos basta de
Miséria desgraça pobreza? não nos basta de vítimas das enchentes
Os flagelados os mortos por qualquer chuva de ocasião ou mesmo
Fora de época não nos basta? não nos basta mesmo não? preciso
Ouvir as respostas sinceras as soluções para sairmos do casulo no
Qual fomos esquecidos abandonados este papel de submissão que
Desempenhamos nos basta? é este o nosso papel na nossa história?
Ou podemos inverter a situação? podemos botar a gringada para
Correr controlarmos nós mesmos a nossa condição? estas respostas
Desejo aguardá-las desejo ouvi-las sonhar que no amanhã
Terei no peito um coração só meu livre com direito um coração que
Sente a preservação o aproximar da felicidade do riso da alegria
Jovens tais crianças podemos aprender com eles sem nos corromper
Sem nos violentar nos estuprar a contaminar o nosso bom humor
A nossa cordialidade hospitalidade nada de ameaça de invasão
Subjugação domínio nada de exploração bloqueio protecionismo
Importação predatória exportam tudo para nós não importam nada
Não compram da nossa manufatura a não ser o ferro o ouro o café
O de maior importância para eles os lucros obtidos aqui são todos
Enviados ao exterior sob as bençãos do banco central brasileiro que
Agora acabou de abençoar as remessas dos laboratórios de remédios
Ai dele se não abençoasse mas é o papel desse banquinho inútil (1)

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