O mundo realmente não muda o povo não muda o mundo
Se não mudar a si mesmo o universo também continua com os seus
Buracos negros suas pedras de granizos ameaças de meteoritos outros
Bichos mais a nossa vergonha consiste em que a Rússia está a fazer
Com a Chechênia o que vem a acontecer com a Angola
Na maioria dos países negros da África com a guerra a dizimar
Principalmente crianças velhos mulheres a vergonha não para
A Rússia quer por que quer impedir a independência da
Chechênia creio que não impedirá a Resistência dos Rebeldes
Acabará por minar as forças dos soldados russos
Já é tempo das autoridades russas reconhecerem
A independência total da Chechênia o que é de direito
Assim acaba a violência de ambas as partes
Com reflexos na população civil desesperada
Pensava com os meus botões que ao chegar 2000
O mundo mudaria de comportamento as pessoas
Acompanhariam a evolução o entendimento
Vejo agora cruamente a crueldade a malvadeza
Que não são de abandona assim os corações dos homens
Se quiséssemos já poderíamos ter atingido um grau maior
De comportamento racional de sobrevivência sem necessariamente
Apelarmos para os meios desvinculados de razão
O homem que age com razão não age com violência
Não manda bombas sobre os semelhantes nem
Minam terrenos por onde crianças vão passar despreocupadas
Temos problemas demais ficamos na angústia a
Procurar a desenvolver outros maiores
A nossa infelicidade estará praticamente impossível de fim
Poderíamos deixar essas coisas de guerras de extermínios
Para os nossos antepassados os nossos homens pré-históricos
Será que realmente o progresso o moderno podem nos trazer
O contentamento? a alegria de vivermos uma vida
Em harmonia? em serenidade de águas tranquilas
Sem ameaças de epidemias de doenças fome tristeza
De olharmos os olhos de nossas crianças mutiladas órfãs?
Precisamos repensar o nosso pensamento reescrever a
Nossa História reviver a nossa vida a reaprender tudo a
Reaprender a ser alguma coisa pois daqui a anos
Só nos restará a impressão de que não somos nada
Não fizemos nada não fazemos nada nem faremos nada
A nossa vida se resumirá a um eterno vazio nada
A não ser que façamos uma guinada tomemos uma
Tomada de posição a nos reeducar a passar por nova reciclagem
Um novo reaproveitamento antes que seja tarde demais
O curioso é que nós mesmos acabamos conosco
Nós mesmos cortamos as nossas árvores poluímos a natureza
Ou somos imbecis burros ou somos insensíveis ou
Não temos visão suficiente para enxergar um palmo
Além do nosso próprio nariz ou além de nós mesmos
Penso que somos uns cegos descuidados medíocres
Ficam poucas para nós as nossas desqualificações
As nossas impurezas deficiências imperfeições
A vontade que dá é a de vomitar de nojo
É a de sujar tudo numa diarreia estúpida
Para que surja uma tentativa de melhoria
Já não nos bastam o neoliberalismo a globalização
O retorno das doenças extintas a volta da febre amarela
Vem agora a Petrobrás a derramar-me toneladas de óleo
Na Baia da Guanabara a cometer um crime
Hediondo extremo onde não haverá reparação
Não pode haver perdão para esse tipo de violência
Não pode haver multa de valor estipulado que
Cubra os danos à fauna à flora à natureza ao meio
Ambiente gostaria tanto de ver este mundo consertado
Gostaria tanto de ver este mundo na órbita da ética
No caminho da razão nas estradas da solidariedade
Gostaria de ver meu universo totalmente livre
Da epidemia dos buracos negros da destruição
Das garras da morte do fim sem causa
Do fim sem respeito sem tranquilidade que
Qualquer um gostaria de ter no último suspiro
Fico indignado por não ter a condição de fazer
A mínima coisa possível para amenizar aqui
O sofrimento de todo aquele que todo dia derrama
Lágrimas lágrimas sem alegria esperança
É realmente uma pena espero que um dia
Acabe a religião acabe a dependência acabe a fome
Venha a liberdade com o crescimento
Venha a liberdade com o desenvolvimento
Com comportamento com sabedoria
Inteligência genialidade para o bem
Para a conservação para preservação
Não podemos viver sem ser repetitivos nesse assunto
Não podemos viver sem bater na mesma tecla
Para tentar levar para dentro da cabeça dos homens
O espírito de cordialidade de delicadeza
O espírito que não deixa sentir sede de matar
Necessidade de explorar de vender de dizimar
Necessidade de saquear constranger humilhar
Gostaria de poder levar para dentro da alma do homem
O gosto pelas flores pelas folhas verdes pelas formigas
Para esquecer um pouco o consumo o bem
Material a doença do possuir do ter só
Simplesmente para preencher um capricho que
A sociedade o impõe onde pensa por si não
Existir se não possuir o que a massificação
Exibe pela mídia comunicação
É uma verdadeira pena o voo perdido do pássaro
A asa quebrada a espinhela caída
É uma pena o destino sem destino
O caminho esgotado cansado seguido no desespero
Na doença da depressão de estresse da agonia
Da angústia clamada sem ser ouvida
Da morte bestial apocalíptica que nos espera
Continuamos na rede dela sem saída
Ultrapassagem lúcida consciente não
Com imprudência insegurança perigo
É por isso que nós morremos matamos
Por não nos fortalecer no nosso abrigo refúgio
Por não nos escondermos dentro de nós mesmos
Estamos mais para expor a superficialidade
Os nervos à flor da pele a emoção para holofotes
Estamos mais para expor a tentativa de superar
Irresponsavelmente o nosso limite raio de ação
Demonstrar a nossa performance para a plateia
Ávida de sangue o do desejo mórbido de ver nossa ruína (1)
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