Meu sonho é escrever com fecundidade
Quando penso em escrever penso em
James Joyce penso na qualidade de fecundo
Quando penso em escrever penso em Fernando
Pessoa penso na abundância que foi que ainda é
Continua a ser tantos outros de grande produção
Que se fosse pensar neles agora duma vez só meu
Pensamento seria bem pequeno não teria faculdade
Reprodutora facilidade de produção de obras de arte
Nem proliferação que me igualasse à fecundez dos
Nossos grandes nomes da humanidade meu sonho
É um escrito fecundativo um manuscrito fecundante
Um pergaminho composto de teor fertilizante que
Servisse para fecundar não só a mim mas a todo
Representante da raça humana se tivesse o dom de
Comunicar a um germe o princípio a causa imediata
Dum desenvolvimento penso que assim saberia
Fertilizar desenvolver fomentar concertar as
Melhores ideias para a felicidade dos seres humanos
Por isto procuro pensamento fecundante
Espírito fecundador ser um ser fecundativo
Aumentar a minha fecundação para que seja
Maior do que a de febo do que a de febra que me
Compõem para que não seja simplesmente uma carne
Uma carne sem osso sem gordura muito menos uma fibra
Ou só um nervo composto de força de energia
Um faz tudo nesta arte que amo poder ser considerado
O indivíduo que exerce variadas indústrias se ocupa
Em múltiplos misteres uma leal real factótum escrita feita
De ferro Fe meu sonho é um dia ser capaz de ser capaz ser
Salvo resgatado pela poesia mas ao ser este fato falido o
Farinhento deste semblante feculento que se dissolve com
Qualquer favônio vento não o vento considerado próprio
Que trazia felicidade qualquer outro desmancha meu ar
Feculoso já próximo do fateiro da morte sinto que tenho
Que guardar a alma numa fateira pendurada num gancho
Ou num arpã com que se tiram objetos do fundo d'água o
Espírito até que já foi uma espécie de âncora para fundear
Pequenos barcos hoje é só procelas nenhum gancho de
Ferro para pendurar carnes segurará a minha quando
A morte vier buscá-la de mim aqui nesta terra não restará
Talhada ou porção pedaço fatia é por isto que deixo a
Minha obra me fatiar fazer de mim em fatias a mostrar o
Quanto sou trágico de aspecto sinistro de jeito profético
De fado fatídico chego a ser fatigador quando falo o
Mundo torna-se cansativo o destino fatigante o caminho
Exaustivo porém a luta sem fatigamento a vida sem fadiga
Sem o estafante que nos causa prazer no fim da jornada
Ou o fatigiado que valorizará o nosso pensamento no fim
Do período foi fatigante mas valeu a pena é meu sou
Meu sou eu podeis me fatigar no sofrimento na
Injustiça podeis me importunar enfastiar cansar
Morrerei fatigioso feliz cansativo embriagado
De lucidez aquele que prediz o futuro que fala que é
Profeta vaticinador fatíloquo infalível ou fatiloquente,
Não passa dum néscio nem deixa de ser presumido
Petulante vaidoso oco pois o fátuo no fundo um louco
Não conhece nem o fatímida o descendente de Fátima filha
De Maomé cuja descendência se formou a tribo dos
Fatímidas que constituíram o império do Magrebe em
Marrocos é assim que quando escrevo mesmo ao não atingir a
Grandeza de quem escreve de verdade dispo-me da roupa o
Terno de todo vestuário do fato da farpela da fatiota nu
Feito um idiota que não sabe coisa nem ação feita que
Não sabe o que é real não entende um acontecimento
Sem sucesso não dá conta nem dum rebanho pequeno
Com efeito só entende de intestino de barriga de animais
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