Nunca fui aplausível nada fiz de digno
De aplauso verdadeiro ou de plausível
Para a liberdade penso que nunca fui
Admissível pela sociedade aprovável
Pela burguesia pela elite sinto uma
Aplestia extrema um apetite insaciável
De poesia fome canina por um poema
Que me faça provar a mim mesmo que
Não vou apodentrar vivo que não vou
Deixar-me apodrecer que um dia ainda
Vou aprender a escrever então bastar o
Meu estado apodrido barrar tudo em
Mim que comece a apodrecer colocarei
Por terra meu apodador árvore nortearei
Aquele que me apodar vencerei ao
Motejador desprezarei ao meu escarnecedor
O zombador não encontrará mais em
Mim motivo de zombaria vai só me
Respeitar tanto como um aponogetonáceo
Da espécime das famílias das aponogetonácea
Pequena família de plantas monocotiledôneas
Assim poderei evoluir mais
Sentir todas as emoções
Perceber todos os sentidos
Abraçar a glória da vida
Em vida sem ter o aplauso
Negado uma palma sequer
Rodas abertas num tapa
Ou uma palmada
Nada terei que temer
Nada terei que provar
Sanção nenhuma terei que sofrer
Sansão nenhum terei a me derrotar
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