Escolhais com sabedoria o destino
Dos vossos restos mortais imortais
Sonâmbulos que vagueais na noite
Do dia acordados mas que pareceis
Passarinhos a dormir em plena
Atividade do pesadelo cotidiano
Não sonheis pois não tendes o
Direito a sonhar rilhais os dentes
As hienas riem comem carniças
Ingerimos porcarias à toda hora
Que nos incham a barriga nos
Enchem de gases fétidos
Aparentamos caras de satisfeitos
Por cima da máscara nossa
Carapuça está é por baixo
Precisamos de alguém com
Coragem que tire nossa pele
Nos escalpele exponha a nossa
Realidade em vida a nossa carne
Viva com o coração ainda a
Pulsar como é feito com os
Animais que têm a pele retirada
Com o bicho ainda vivo quando não
Querem que o couro seja estragado
O casaco que será feito terá uma
Aparência sempre renovada
Escolhais vossas loucuras cada
Um esconde uma num recôndito
Não muito distante cada um tem
Uma doença que pensa que não
Tem cura mas quereis um corpo
Sempre plastificado para que
Os vermes famintos roedores
De ossos façam um banquete
Um festim em homenagem
Aos vossos restos mortais
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