Depois de usado
Velho alquebrado
Fui posto ao canto
Oculto da luz do sol
Separado das pessoas
Apartado do meio ambiente
Depois de estragado
Fui acantoado por todos
Esquecido abandonado
Posto de lado
Chorei de dor
Quando era jovem
Era tão acantonado
Distribuído por cantões
A conquistar aldeias
A transformar virgens
Em santas mulheres
Hoje não sirvo mais
Ninguém quer dispor de mim
Encantonar-me como antigamente
Aproveitar para tropas
Estacionar em diferentes lugares
Só me mandam para o descanso
Para mim é a morte
Não quero hoje
Morrer agora tão cedo
Mesmo eriçado de espinho
Como um acantóforo
A pretender inda a amar
Muito bem melhor
Não quero que meus frutos
Se transformem em acantocarpos
Sejam iguais a mim
Cobertos de espinhos
Nenhum comentário:
Postar um comentário