Hoje pago por meus erros
Confesso que errei
Errei por não saber superar
Os meus próprios complexos
Os meus próprios tabus
Preconceitos dogmas
Errei por não saber superar
Os meus próprios erros
Por não saber superar
A mim mesmo
Hoje pago duro
Por meu defeitos;
Por meus delitos
Por meus demônios
A minha reduzida inteligência
A minha falta de capacidade
Não me deixam atingir
O rumo da felicidade
Não sinto o gosto
Do que é ser feliz
Do que é ser paz
Do que é ser amor
Não sinto o gosto do saber
Volto atrás
Vou adiante
Hoje confesso que errei
Que vivi no erro
Nunca acertei
Errei por não saber ser
Por não saber ser tudo
Por não saber ser nada
Por não saber sair
Da prisão domiciliar
Que é a minha cabeça
Do medo que tenho
Da covardia infinita
Que se apoderou de mim
Como superar este abismo?
Como transpor esta ponte?
Como equilibrar nesta corda bamba
Que é a minha mente flagelada?
Como conviver comigo?
Com esta falta de razão?
Com esta falta de solução?
Para a minha existência
Confesso que estou indignado
Constrangido contrito
Confesso que estou desesperado
A nata do desespero
Diante das coisas
Hoje pago por meus erros
Confesso que errei
Errei por não saber superar
A dor imensa profunda
Que rege meu coração
Um coração sem compasso
Que bate sem ritmo
Capenga aleijado
Que precisa duma muleta
Para poder andar
Confesso que errei
Não valeu a pena confessar
Não mudou nada
Não mudei em nada
Podeis até assinar
O meu atestado de óbito
Estava morto
Não sabia
Estava errado
Não sabia
Não encontrei
A minha solução
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