Para atingir sua expressão fontana
Miró precisava de esquecer os traços e as doutrinas
Que aprendera nos livros.
Desejava atingir a pureza de não saber mais nada.
Fazia um ritual para atingir essa pureza: ia ao fundo
Do quintal à busca de uma árvore.
E ali, ao pé da árvore, enterrava de vez tudo aquilo
Que havia aprendido nos livros.
Depois depositava sobre o enterro uma nobre
Mijada florestal.
Sobre o enterro nasciam borboletas, restos de
Insetos, cascas de cigarra etc.
A partir dos restos Miró iniciava a sua engnharia
De cores.
Muitas vezes chega a iluminura a partir de um
Dejeto de mosca deixado na tela.
Sua expressão fontana se iniciava naquela mancha
Escura.
O escuro o iluminava.
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