Almejo um dia gozar
No mais distante horizonte
Todo prazer que não tive
Na minha vida até agora
Quero tirar o prejuízo
Queimar toda a minha gasolina
Na proeza dum improviso
Para não paralisar
A razão traduzida
Numa represa de lágrimas
Precisar na vez certa
Pedir ao vizinho
A três vozes uníssono
A mulher de borracha emprestada
Visar a mulher real
Hoje não existe mais
O querosene fica meses
No recipiente do organismo
Já até esquecemos
Da utilidade da vaselina
Coser beijos nos lábios
Comer lábios cozidos
Hesito no momento do êxito
Peso cada atividade
Com receio de não agradar
Se a mulher presa em meus braços fugir
Sair a correr atrás
Fcar em eterno pesar
Pois a mulher que me preza
Não traz no peito
O amor que deveria me dar
Almejo apesar de tudo ainda
Um dia ser feliz com essa mulher
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