Tem que bater-me com cajado
Espancar-me até moer-me
Curvar-me a cajadadas dar a
Forma de cajado às minhas
Costas tem que deixar-me
Recurvo de cabeça baixa igual
Porco orelhas caídas a cobrir os
Olhos onde não consiga nem
Elevar a cabeça para olhar o pé
De acajá nem mesmo ver a fruta
Ou desfrutar o cajá que seja
Expulso do açaizal bosque de
Açaizeiros igual foram expulsos
Do jardim do Éden já que no
Meu ser não existe lugar para
Acairelar ou guarnecer de cairel
Borda de prender alma,
Extremidade de espírito orla de
Sentimento beira de abismo
Debrum de acairelador que
Acairela no cercado não há
Beira de apoio uma amarra
De gancho salvador um forte
Acairelado que dê garantia ao
Fim da dor da angústia do medo
A covardia extrema que
Enfraquece o amor
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