Fez de tudo para descompor-me
Para tirar-me pôr-me fora do lugar
Foi só o que soube fazer
Descomedir-me injuriar-me acremente pois
Nunca vivi em falta de acordo de ordem
Nem na irregularidade da falta de compasso
Sempre afastei-me de qualquer descompasso
Jamais alguém viu-me executar algo sem
Regularidade não sou de tirar nada do compasso
Nem sou de descompassar-me dia nenhum da
Minha vida só o normal tal o descorrer
O defecar o evacuar os intestinos
O anti não à razão as conveniências
O não conter nos preceitos ou regras
O descomedir diante da sociedade da natureza
O ser taxado de descomedido por qualquer um
Incontrolado sem comedimento
O melhor é desligar o botão,
Desunir da vida
Descolar do pedaço
Ao expor aos golpes do adversário
Ao desguarnecer a defesa
Ao tirar o chapéu e o barrete a quem não merece
Denunciar o justo falsamente
Dar a conhecer a própria fraqueza
Expor aos olhos dos inimigos
Manifestar a covardia
Tirar a cobertura mostrar o medo
Descobrir a cabeça em pró da injustiça
Depois quem irá remediar-me?
Quem irá reabilitar-me diante de todos?
Depois de defasado pelo explorador
Ter de de entregar ao que descobre todos os
Segredos mistérios à mão à palmatória
Ainda pagar pagar o que não é seu
Com o do que é seu ao descobridor
Para não ser denunciado
Não ter o que foi desvendado
Como algo que passou a ser conhecido
O tesouro que já não está coberto
O mapa que levou ao lugar descoberto
O invento não ficará muito tempo escondido
O achatamento não passará despercebido
Quem descobriu a descoberta
Com certeza quererá cobrar caro pela patente
Fez de tudo para degradar-me
Tentou desacreditar-me
Tentou desonrar-me deslocar-me da minha classe
Fez de tudo para desclassificar-me
Como se fosse um ímpio desclassificado
O que não teve classificação alguma
O indivíduo totalmente desacreditado
Indigno de consideração
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