Escrever para defuntos famintos mortos sedentos
De sangue pão vinho obras
Fênix dignas de regaste das cinzas falava
Em línguas imortais de palavras de carne
De letras de ossos nervos demarcava
Mandamentos que depois revogava com os seus
Desmandamentos nas peles das pedreiras nas
Costas das encostas os pergaminhos de rochedos
Linhas de falésias dunas seculares recheadas
De gritos pré-históricos guardava lembranças
Que recolhia para a sua coleção de pedras lascadas
Pedras polidas pedras roladas levava montanha
Acima uma montanha em cada ombro
Depositava aos pés do universo em adoração
Adocicava com os olhos tudo que abençoava
Regava desertos com lágrimas não deixava
O oceano sem uma gota d'água quando
Via-se ameaçado animava o esqueleto
A caveira mais radiante sorridente
Que destacava-se no meio da ossada
Era a sua desgostava de gostar de viver
A maldade não deixava aproximar o
Espírito alma fazia sanduíche com
A ruindade para sentir se a humanidade
Tornava-se humana com a humanidade
Inteira de raça humana era ludibriado
Por duendes anões alienígenas outros seres
Provindos de obituários mórbidos obtusos
Analfabetos que não faziam questão de
Aprender a leitura da escritura imortalizada
Nas estrias dos meandros sensoriais
Relutava a entregar-se voava para longe
Voltava revirava o fundo dos olhos expunha
O vulcão em erupção a vomitar lava do
Coração caia em tentação jurava não
Havia remédio alimentava os defuntos
Saciava os mortos outra vez até o último dia da morte
Nenhum comentário:
Postar um comentário